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Novo balanço da companhia Air France dá conta de que há 58 passageiros brasileiros e 61 franceses a bordo do Airbus que ia do Rio de Janeiro a Paris e desapareceu no caminho sobre o Oceano Atlântico.
Segundo a companhia, também estariam a bordo 73 passageiros franceses, 18 alemães, 9 italianos, 6 americanos, 4 húngaros, 5 chineses, 2 espanhóis, 2 ingleses, 2 marroquinos, 2 irlandeses, 1 angolano, 1 belga, 1 turco, 1 norueguês, 1 russo, 1 eslovaco, 1 austríaco, 1 argentino, 1 polonês, 1 romeno, 1 sueco, 1 islandês e 1 filipino.
Entre os 12 tripulantes, havia brasileiros e franceses, ainda segundo a empresa.
Divergências
Mais cedo, relação divulgada pela Air France no Rio informava que havia 80 passageiros brasileiros no voo AF 447, que tem 228 pessoas a bordo -216 passageiros e 12 tripulantes.
Entre os 12 tripulantes, havia brasileiros e franceses, ainda segundo a empresa. A Polícia Federal do Brasil informou que há 52 brasileiros a bordo -51 passageiros e um tripulante, segundo a Anac.
Segundo Borloo, além dos brasileiros, há entre 40 e 70 franceses e 20 alemães. Fontes da imprensa também citam seis dinamarqueses, cinco italianos, três marroquinos e dois libaneses, mas ainda não há confirmação oficial. O premiê britânico, Gordon Brown, disse temer que haja britânicos a bordo.
O voo AF 447, que levava 216 passageiros e 12 tripulantes, segundo a empresa, deveria ter pousado às 6h10 (horário de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Anteriormente, a empresa havia informado sobre a presença de 15 tripulantes.
Entre os 216 passageiros, há um bebê, sete crianças, 82 mulheres e 126 homens. A companhia disse que a aeronave estava em uso desde 2005, tinha 18.870 horas de voo e passou por manutenção técnica pela última vez em 16 de abril.
A companhia Air France informou que o avião mandou uma mensagem automática às 2h14 GMT desta segunda-feira (23h14 de domingo em Brasília) avisando sobre uma pane elétrica.
O aviso teria sido mandado depois que o avião comercial, um Airbus 330-200, atravessou uma área de tempestade, em que enfrentou forte turbulência.
François Brousse, diretor de Comunicação da empresa, disse em Paris que a hipótese "mais provável" é que a aeronave tenha sido atingida por um raio.
O diretor-executivo da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, disse que possivelmente se está "diante de uma catástrofe aérea".
Parentes de passageiros estavam sendo encaminhados para uma área especial do aeroporto Charles de Gaulle.
A Air France repassou ao Bureau de Investigação e Análises para a Segurança de Aviação civil , organismo responsável na França pelas investigações técnicas sobre acidentes e incidentes da aviação civil, e para a Airbus, fabricante do avião, as informações que tem em seu poder sobre o desaparecimento.
A fabricante de pneus Michelin informou que três executivos, entre eles o presidente da empresa na América do Sul, estão no avião. A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a montadora Renault, localizada em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, para saber se algum funcionário estaria no voo. A empresa descartou essa hipótese pois os executivos da empresa viajam com aviões que partem de aeroportos de São Paulo.
Buscas
O voo, que partiu do Rio às 19h03 do domingo, segundo a Air France, e às 19h30, segundo a Aeronáutica, fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III) a 565 km de Natal, informando que entraria no espaço aéreo de Dacar, no Senegal, às 23h20 de Brasília, segundo a Aeronáutica. Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura do Cindacta, as informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 11 quilômetros de altitude e a uma velocidade de 840 quilômetros por hora.
Os controles aéreos civis brasileiro, africano, espanhol e francês tentaram estabelecer contato com o voo, mas não obtiveram sucesso.
Três aviões da Força Aérea Brasil e três navios da Marinha já começaram as buscas pelo avião . Segundo o assessor de imprensa da Aeronáutica, coronel Henry Munhoz, as buscas foram iniciadas ao nascer do sol. "Aeronaves da Força Aérea Brasileira, a partir de Fernando de Noronha, no sentido de Paris, buscam a aeronave desaparecida", disse Munhoz.
Segundo o coronel, o avião não foi detectado nos radares da Ilha do Sal, que fica no meio do caminho entre Brasil e Europa. "Em consequência disso, a Força Aérea Brasileira foi acionada durante a madrugada para que as buscas fossem iniciadas com o nascer do sol."
O assessor da Aeronáutica explica que o departamento de controle do espaço aéreo tem uma cobertura que corresponde a três vezes a dimensão do Brasil. Boa parte do Oceano Atlântico está sob a responsabilidade do país, de acordo com tratados internacionais. Portanto, as buscas estão a cargo do país.
Segundo Carlos Camacho, diretor de segurança do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o avião do vôo AF 477 pode estar fora do perímetro brasileiro. "Se o piloto estava seguindo para Paris, a 800 km/h, ele estaria perto de pousar, cerca de quatro horas do procedimento de pouso. É muito provável que ele esteja no perímetro dos continentes europeu e africano."
Uma aeronave militar francês deixou Dacar, no Senegal, para tentar localizar o avião , informou a embaixada da França naquele país africano.
O ministro francês do Desenvolvimento, Jean-Louis Borloo, disse em entrevista à radio France Info que, infelizmente, deve-se esperar pelo "mais trágico cenário", uma vez que a reserva de combustível do avião já deve ter acabado. Ele também descartou a possibilidade de sequestro e disse que o mais provável é que tenha havido um acidente.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, está no aeroporto para acompanhar a situação . Mais cedo, ele pediu ao governo que "faça todo o possível" para encontrar pistas do avião, segundo comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu.
O governo montou uma "célula de crise" no aeroporto para acompanhar o caso.
A Airbus, fabricante do avião, disse que iria esperar mais informações para falar sobre o caso.
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