• Carregando...
Sean e o pai no embarque aos Estados Unidos: viagem foi tranquila, segundo rede americana de tevê | Vanderlei Almeida/AFP
Sean e o pai no embarque aos Estados Unidos: viagem foi tranquila, segundo rede americana de tevê| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

Perdida a batalha judicial pela guarda de Sean Goldman, de 9 anos, a família materna (avós e padrasto) pretende agora lutar pe­­lo direito de visitar o menino nos Estados Unidos. Desde a morte da mãe, a brasileira Bruna Bianchi, há cinco anos, Sean tinha a guarda disputada entre os avós maternos e o pai, o americano David Gold­man. Na véspera do Natal, após de­­cisão da Justiça brasileira, o ga­­roto foi devolvido ao pai e no mesmo dia partiu para os Estados Uni­­dos, num avião fretado pela rede de tevê NBC.Na sexta-feira, o advogado Sér­gio Tostes, que representa os avós maternos e o padrasto, informou que pretende buscar a ajuda do governo brasileiro para que a visitação seja assegurada. "Queremos que nos sejam dados os mesmos di­­reitos que foram dados ao senhor David Goldman. Por isso va­­mos procurar o governo brasileiro. Se não formos atendidos, vamos contratar um advogado em Nova Iorque", afirmou Tostes.

O pai de Sean, por sua vez, mostrou-se disposto a autorizar visitas só da avó. Em entrevista à NBC, Da­­vid Goldman disse que, com o tempo, vai permitir que a avó de Sean o visite nos Estados Unidos. "Vai levar algum tempo, mas não vou negar a ela e a ele se encontrarem", disse Goldman.

Emoção

Os avós maternos de Sean, Silvana Bianchi e Raimundo Ribeiro, além do tio Luca Bianchi, acompanharam a entrevista que o advogado Sérgio Tostes concedeu na sexta-feira. Em clima de emoção, interrompendo a fala várias vezes com soluços, Silvana disse que sua maior preocupação é garantir o direito de visitar o neto. "A hora que for liberado, pego o avião e vou em busca dele. Meu coração está vazio e partido porque está faltando o nosso amor."

Na véspera de Natal, a entrega de Sean ao pai foi marcada por confusão. Às 8h40, vinte minutos an­­tes do prazo final dado pela Justiça, a entrega do menino foi feita. Cer­­cada por repórteres, a família pa­­rou o carro a duas quadras do consulado norte-americano e foi caminhando até a entrada principal. Vestido com uma camisa do Brasil, Sean estava abraçado ao padrasto, João Paulo Lins e Silva, e chorava.

A entrada tumultuada criou uma guerra de versões entre Tostes e o consulado. Segundo o advogado, não havia entrada privativa pa­­ra que a família desembarcasse. A porta-voz da em­­baixada ameri­cana, Orna Blum, disse que a família poderia ter en­­trado pela garagem. Diante do choro intenso do menino, foi autorizado que a avó entregasse Sean ao pai. O encontro entre Silvana e David Goldman foi amistoso. A avó teria abraçado David e pedido que tomasse conta do neto. De acordo com a porta-voz da embaixada, Sean chorava muito enquanto estava com a avó, mas mudou ao ver o pai. "Ele parou de chorar e abriu um sorriso, ao ver o David", relatou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]