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Situação

Estradas do Dnit não têm balança no PR

Da Redação

O Dnit administra 1,6 mil quilômetros de estradas federais no Paraná sem nenhuma balança de pesagem em operação. Ainda neste mês, o departamento prevê o lançamento do edital de licitação para construção, instalação, manutenção e operação de 160 novos equipamentos no território nacional. A iniciativa integra a segunda etapa do Plano Nacional Estratégico de Pesagem, com valor total de R$ 1,1 bilhão. O Paraná deve ser contemplado com uma balança fixa e outras duas móveis, o que deixaria uma média de uma balança a cada 560 quilômetros. Não há, contudo, local determinado para a instalação dos equipamentos.

Em anos anteriores, o estado dispunha de equipamentos, especialmente em seu trecho da BR-116 (hoje controlado pela concessionária OHL). O Anel de Integração, concedido à iniciativa privada na década passada, tem 2,5 mil quilômetros de estradas que já foram federais, mas foram repassadas ao estado e, em seguida, concedidas. Existem ainda pequenos trechos de concessões federais, nas estradas que ligam o Paraná a São Paulo e a Santa Catarina. Nesses locais, os equipamentos são comprados pelas empresas, mas operados pela polícia.

Uma das rodovias com tráfego intenso de caminhões no Paraná, a BR-163, principal ligação do Oeste paranaense com os estados da Região Sul, apresenta problemas de desnível na pista por causa do excesso de cargas. Desde novembro do ano passado, a balança de pesagem em Lindoeste está desativada e sem previsão para voltar a funcionar.

Apesar da desativação, a Polícia Rodoviária Federsal (PRF) informa que tem feito sua parte com operações frequentes de fiscalização. Quando os policiais suspeitam de excesso de cargas, o caminhão é levado para balanças de cooperativas e empresas da região para pesagem. Na última terça-feira, um ca­­minhão que transportava madeira foi apreendido por estar com sete toneladas acima do permitido.

O inspetor da PRF Leandro José Húngaro diz que a polícia pode utilizar qualquer balança para pesagem de caminhões, desde que sejam aferidas pelo Inmetro. Ele ressalta, no entanto, que a reativação da balança torna a fiscalização mais ágil.

A desativação ocorreu em virtude da mudança do comando da fiscalização, que até então era feita pela Polícia Rodoviária Estadual. Como a rodovia passou a ser fiscalizada pela PRF, o Departamento de Estrada de Rodagem (DER) retirou os funcionários que operavam o sistema de pesagem.

Em fevereiro, lideranças de 11 municípios das regiões Oeste e Sudoeste organizaram uma ma­­nifestação sobre a ponte do Rio Iguaçu, que divide Capitão Leô­­nidas Marques e Realeza, para cobrar das autoridades a recuperação da rodovia. Uma das reivindicações era a reativação da balança em Lindoeste. "A balança precisa voltar a funcionar porque mesmo que se faça uma recuperação ela se perderia em pouco tempo devido aos caminhões que trafegam com excesso de peso", disse, na época, o prefeito de Capanema, Milton Kafer.

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