Um homem morreu e três pessoas ficaram feridas – entre elas um menino de 3 anos – vítimas de balas perdidas disparadas em dois tiroteios ocoridos no fim da manhã de ontem, em Curitiba. O ciclista Orlando José Klerzc, 44 anos, foi atingido por um disparo feito durante perseguição policial a dois assaltantes, nos fundos do Jardim Botânico, e morreu cerca de 40 minutos após ser encaminhado ao Hospital Cajuru. Já as outras três vítimas foram baleadas na favela do Parolin, em uma provável disputa do crime por território.

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A ação que levou Klerzc à morte teve início na Rodovia do Caqui, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana. Segundo a Polícia Militar, Rildo Aparecido Vieira, 37 anos, e Valdemir de Jesus Abadia, 40 anos, roubaram o tacógrafo (equipamento que controla a velocidade do veículo) de um caminhão e fugiram em um Astra, pela BR-116, em direção a Curitiba. A dupla conseguiu desviar de um bloqueio policial no caminho para a Avenida Presidente Affonso Camargo. Durante o cerco policial houve troca de tiros e os dois abandonaram o carro a caminho de um matagal. Foram presos nas proximidades da linha do trem no bairro Cajuru e levados ao 6.º Distrito Policial (DP).

O Comando da Polícia de Regimento Montado da PM abrirá um inquérito para apurar os detalhes da operação, já que o tiro que acertou o ciclista tanto pode ter sido disparado por um policial como pelos bandidos. Militares vistoriaram sem êxito a região em busca da arma usada pela dupla.

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O outro tiroteio que deixou três pessoas feridas aconteceu por volta das 10h30, na favela do Parolin. De acordo com os investigadores, a troca de disparos entre criminosos da região começou próximo à Avenida Marechal Floriano Peixoto e acabou se estendendo até um beco da vila. Lá, Teresinha Barros, 38 anos, Samuel de Almeida, 33 anos e um menino de 3 anos foram atingidos. Eles foram socorridos no Hospital do Trabalhador e não correm risco de morte.

Após uma busca na favela, a polícia prendeu Cleverson Rodrigues Chagas, 21 anos, e Ezequiel dos Santos Lima, 18 anos. Além deles, foi apreendido um adolescente, conduzido para a delegacia especializada. Com o rapaz e Lima foram retidas uma pistola e um revólver. "Tudo indica que esse foi um confronto em busca do poder que Edvaldo Saldanha tinha na favela", diz o delegado Rogério Martin de Castro, titular do 2.º DP, do Água Verde. Saldanha foi executado na madrugada de 13 de maio. Ele é acusado de envolvimento com dezenas de homicídios na região. Chagas e Lima foram encaminhados para o 7.º DP, no Hauer.