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Curitiba - Beto vai reforçar pedido de entrada do metrô no PPA

O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), vai reforçar aos parlamentares paranaenses o pedido para a entrada de recursos para o metrô no Plano Plurianual (PPA) de Investimentos do governo federal. A obra tem orçamento de R$ 700 milhões. Ela é a mais cara entre as solicitações que serão feitas hoje.

Também no PPA, o prefeito pedirá a inclusão de verbas para o Contorno Norte (R$ 170 milhões), para a modernização do sistema de sinalização do tráfego (R$ 50 milhões) e para recuperação do transporte coletivo (R$ 50 milhões). O plano é a principal ferramenta de planejamento de médio prazo para as ações estruturantes do governo federal. Ele estipula os objetivos e metas da administração pública até 2011 e precisa ser aprovado até dezembro.

Na semana passada foi a vez do prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), pedir a entrada de uma emenda ao PPA de R$ 10 milhões ao ano, até 2011, para construção do Teatro Municipal na cidade. Além de obras de longo prazo, Beto também apresentará outras que podem ser encaixadas na Lei Orçamentária Anual. Ele planeja a construção de oito Centros de Convivência para Idosos, um Ginásio Municipal, além de reformas na região central da cidade e no Mercado Municipal. (AG)

Brasília – Pela primeira vez na década, os representantes do Paraná no Congresso Nacional devem escolher hoje por votação o novo coordenador da bancada. Os deputados Alex Canziani (PTB), Dilceu Sperafico (PP) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB) são os candidatos. Os dois últimos líderes, José Borba (ex-deputado pelo PMDB) e Chico da Princesa (PR) ficaram no cargo durante oito anos, sem ter passado por eleição.

A principal tarefa do coordenador é cuidar do andamento das emendas de bancada dos parlamentares paranaenses ao Orçamento da União, que ficam em torno de R$ 200 milhões por ano. Além disso, age politicamente como interlocutor do grupo com os governos estadual e federal, tanto no recebimento quanto no envio de demandas. Chico assumiu a função em 2005, após Borba renunciar ao mandato por denúncias de envolvimento com o mensalão.

Apesar do interesse de três parlamentares em ficar com o cargo, ainda não está descartada a possibilidade de um acordo para evitar a disputa no voto. Ontem à noite, muitos acreditavam na formação de uma "chapa" com Sperafico como coordenador e Canziani como adjunto. Rocha Loures prometeu, entretanto, que não vai se retirar da disputa, mesmo que o confronto se encaminhe para uma vitória dos adversários.

A bancada paranaense é a sexta maior dos 26 estados e Distrito Federal, com 30 deputados e três senadores. Para que a escolha seja válida, é necessária a participação de 17 parlamentares na reunião. Antes da votação, eles têm um café da manhã, às 8h30, com o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).

Os três candidatos apresentam propostas similares e defendem ao menos uma em comum – o mandato de um ano, sem reeleição. "Essa mudança é necessária e vai fazer bem para todos nós", diz Sperafico. Atualmente, não há qualquer regra sobre o tema e o coordenador pode permanecer no cargo indefinidamente.

Mais experiente do que Canziani e Rocha Loures, ele defende que a bancada tenha "um pouquinho mais de diálogo". Sperafico representa o Oeste do estado, está no quarto mandato e é um dos principais nomes da bancada ruralista no Congresso. Apesar do favoritismo, intensificou a campanha ontem, enviando um ofício a todos os colegas sobre o desejo de ser coordenador.

Canziani despontava há duas semanas como o único interessado no cargo. Chegou a tentar uma composição com Sperafico como adjunto, mas não conseguiu. Hoje aceitaria ficar na situação inversa e admite não enfrentar o colega em votação. "Minha principal bandeira é a troca periódica de coordenador, não importa em qual ordem isso vai ocorrer", afirma o representante da região de Londrina

O curitibano Rocha Loures desponta como "azarão". Segundo os deputados, o que mais pesa contra ele é a inexperiência – o peemedebista cumpre apenas o primeiro mandato na Câmara. "Essa história de ser muito novo não faz sentido. O que menos me importa é o cargo, mas o que eu posso fazer de diferente."

Ele tem feito campanha desde a semana passada. Ontem, enviou uma carta aos 32 colegas, expondo os principais pontos que defende para a criação de um novo modelo de coordenação. "Quero melhorias em quatro áreas: transparência, rotatividade no cargo, igualdade entre os parlamentares na condução das emendas e a criação de um calendário de reuniões da bancada."

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