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Brasília e Curitiba – A confirmação de Reinhold Stephanes (PMDB) como novo ministro da Agricultura veio depois de um dia de muita pressão de deputados da bancada ruralista que estavam contra a indicação do paranaense. Um grupo de ruralistas chegou a se reunir ontem para tentar forçar outro nome para o cargo. Depois do encontro, eles entregaram ao presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), um pedido de reconsideração e uma nova lista de ministeriáveis, na qual estavam incluídos o deputado paranaense Moacir Micheletto (PMDB), Waldemir Moka (PMDB- MS) e Valdir Colatto (PMDB-SC).

"A intenção é que seja indicado um nome da bancada que possa anular, inclusive, qualquer tipo de resistência da oposição, dentro da bancada ruralista", disse Homero Pereira (PR-MT), um dos principais aliados do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), que era contrário a Stephanes.

O temor dos ruralistas era de que a proximidade de Stephanes com o governador paranaense, Roberto Requião (PMDB), atrapalhasse o debate sobre transgênicos no governo, já que o governador tem posição contrária aos grãos geneticamente modificados.

Stephanes negou estar associado aos interesses de Requião. "São apenas argumentos sem fundamento. O Requião, por exemplo, apoiou o Aldo Rebelo e eu apoiei o Arlindo Chinaglia (nas eleições para a presidência da Câmara). Ele apoiou o (Nélson) Jobim e eu apoiei o Temer (para a presidência do PMDB)", afirmou para mostrar independência. O deputado, no entanto, preferiu não tecer comentários sobre os transgênicos. "Seria leviandade falar sobre o tema sem o conhecimento de como estão as coisas no Ministério", disse.

O argumento não era aceito por Colatto, um dos indicados dos ruralistas: "Ele é indicado do Requião; se o Requião é contra os transgênicos, ele também é".

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