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Investigação do MPF contra o banco foi provocada por professores universitário| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, pediu desculpas neste sábado (18) pela atuação da instituição financeira durante o período de escravidão no país. Em setembro, o banco virou alvo de inquérito do Ministério Público Federal por participar na escravidão de pessoas negras no Brasil no século 19.

A investigação foi instaurada após uma manifestação de professores e universitários que afirmaram que o banco tinha na diretoria e no quadro de sócios, naquele século, pessoas ligadas ao tráfico de africanos e à escravidão. O pedido de desculpas emitido neste sábado faz parte de um acordo com o MPF.

“Direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povos negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país”, afirmou Tarciana.

A presidente do BB também afirmou que o banco não se esquiva de aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa.

“Mas o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, destacou.

Como parte do acordo, a instituição financeira fará uma série de ações voltadas ao combate ao racismo, como o fomento ao mercado de trabalho para o povo negro, auxílio no encaminhamento de jovens do programa Menor Aprendiz para o mercado de trabalho e mudanças nos critérios do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social.

O BB também informa que terá um programa de aceleração e desenvolvimento de carreira de funcionários pretos e pardos. Serão identificadas até 150 pessoas negras com potencial para atuar como líderes na empresa, e que terão auxílio para qualificação e prioridade para nomeações a cargos como gerente executivo, superintendente estadual e outros cargos gerenciais.

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