• Carregando...
Homens armados obrigaram os passageiros a descer e atearam fogo ao veículo na noite de segunda-feira | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Homens armados obrigaram os passageiros a descer e atearam fogo ao veículo na noite de segunda-feira| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Londrina - O delegado de Ibiporã (a 15 km de Londrina), Marcos Belinati, considerou "prematura" qualquer ligação entre o caso do ônibus queimado na noite de segunda-feira na cidade e os três episódios semelhantes ocorridos em Londrina no começo do mês. Anteontem, homens armados renderam o motorista de um coletivo da empresa TIL Transportes e, depois que os passageiros desceram, atearam fogo no veículo. "Não podemos fazer nenhum tipo de afirmação nesta linha, pois os criminosos não deixaram nenhum bilhete no local do crime. Estamos trabalhando e acredito que em breve vamos dar uma resposta à população", afirmou Belinati.

Em Londrina, os atentados seriam uma represália a supostos maus-tratos contra detentos do Centro de Detenção e Ressocia­lização (CDR). Todos os acusados de participarem das ações foram presos. Já em Ibiporã, segundo o delegado-chefe da 10.ª Subdivisão da Polícia Civil, Sérgio Barroso, o ataque seria uma resposta à prisão de um traficante no fim de semana. Ele classificou a ação como um ato de vandalismo. "As informações que obtivemos é que os ‘amigos’ deste traficante, revoltados com a prisão dele, resolveram incendiar o ônibus", explicou.

De acordo com Belinati, os bandidos estavam em um ponto de ônibus e deram sinal para o coletivo parar. "Neste momento, um deles entrou armado e mandou o condutor descer. Outros dois homens entraram pela porta de trás, mandaram os passageiros saírem enquanto espalhavam, provavelmente, gasolina", disse. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local o ônibus já estava completamente destruído pelas chamas. Ninguém ficou ferido.

Em Londrina, a Polícia Civil prendeu todos os suspeitos de participarem dos ataques. Se­­gundo a polícia, os dois atentados do dia 8 de abril foram praticados pelo mesmo grupo. Já o terceiro, no dia 9, foi praticado por adolescentes e, de acordo com a polícia, não estaria relacionado às primeiras ações. A conclusão do inquérito policial apontou que a motivação dos ataques foi uma represália de "amigos" de presos do CDR que teriam direito à progressão para o regime semiaberto, o que não aconteceu, explicou o delegado Sérgio Barroso.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]