São Paulo O número de ônibus atacados na cidade de São Paulo desde a noite da última terça-feira chega a 55, conforme balanço divulgado na tarde de ontem pela SPTrans, empresa municipal que gerencia o transporte coletivo. A prefeitura contabiliza 53 veículos queimados e outros dois atingidos por tiros. Até o fechamento desta edição não houve registro de ataques contra ônibus municipais ontem.
A violência deixou a cidade praticamente sem ônibus quinta-feira e cerca de 2 milhões de pessoas a pé. Os ônibus só começaram a voltar a circular depois que o Comando Geral da Polícia Militar (PM) e a prefeitura de São Paulo divulgaram um plano de combate e prevenção aos ataques. Entre as estratégias está a de colocar PMs armados e à paisana entre os passageiros.
O último atentado a um ônibus, na quinta-feira à noite, foi um dos mais graves. Assim que criminosos incendiaram o veículo, às 21 h, o motorista, assustado, abandonou o veículo sem puxar o freio de mão. O ônibus desceu pela Rua Comendador Armando Pereira, na Vila Albertina (zona norte de São Paulo), atingindo em cheio uma casa.
A residência dos aposentados Alexandre e Dulce Almeida, de 78 e 74 anos, acabou parcialmente incendiada. O casal, que estava no piso superior do sobrado, precisou ser resgatado pelos fundos. O ônibus, que fazia a linha Metrô Santana/ Vila Albertina, foi invadido por três homens que atiraram coquetéis molotov e fugiram de em duas motos.
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