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Bando manteve quase 30 pessoas sob a mira de fuzis e pistolas na calçada para usá-las como escudo humano durante a fuga. | Júnior Dias/Borrazópolis Notícias
Bando manteve quase 30 pessoas sob a mira de fuzis e pistolas na calçada para usá-las como escudo humano durante a fuga.| Foto: Júnior Dias/Borrazópolis Notícias

Outro caso

Em junho, dois seguranças de um banco de Conde (BA) foram amarrados no capô de uma caminhonete durante a fuga de um assalto a uma agência do Banco do Brasil. Carros foram incendiados na saída da cidade para bloquear o acesso da polícia.

Com 7 mil habitantes, a pacata cidade de Borrazópolis, a 280 quilômetros de Curitiba, foi cenário de dois assaltos simultâneos na tarde desta terça-feira (14). As agências do Banco do Brasil e do Sicredi, uma ao lado da outra, foram atacadas por oito assaltantes encapuzados e armados com fuzis e pistolas. Na fuga, os bandidos usaram quase 30 pessoas como escudo, ameaçando-as com armas apontadas para a cabeça.

Vestidos com roupas pretas, os criminosos chegaram à área central da cidade por volta das 15 horas. Eles estavam em um Vectra e um Hyundai I30. Aproveitando o horário de fechamento dos bancos, os assaltantes aguardaram a abertura dos cofres e levaram todo o dinheiro. Ainda não há informação sobre o valor roubado. A ação do grupo durou 30 minutos.

Ao chegarem nas agências, eles deram voz de assalto e renderam os seguranças. Vestidos com roupas similares às de empresas de segurança privada, os assaltantes também usavam máscaras para cobrir o rosto e coletes balísticos. Para entrar no Banco do Brasil, os criminosos deram um tiro de fuzil na porta de vidro, que ficou destruída. Uma vez dentro das agências, eles roubaram uma grande quantidade de dinheiro – ainda não contabilizada.

Escudo humano

No momento da saída, funcionários e clientes dos bancos, além de pessoas que passavam pela calçada no momento do assalto, foram usadas como escudo pelos assaltantes. Quase 30 pessoas foram obrigados a formar um “cordão humano” na calçada dos dois bancos para facilitar a saída dos criminosos e evitar um tiroteio com policiais. A PM acompanhava de longe a ação. Segundo informações de testemunhas, os assaltantes ameaçaram matar as pessoas caso os policiais se aproximassem. De acordo com a polícia, ninguém ficou ferido na ação.

Na fuga, os bandidos levaram o vigilante do Banco do Brasil e um cliente como reféns. O segurança foi colocado no capô de um dos veículos, sendo obrigado a segurar na lataria do carro para não cair. Os dois reféns foram deixados em uma estrada que dá acesso ao município de Faxinal.

Os homens deixaram a cidade disparando para o alto. Dois policiais militares que atenderam a ocorrência foram ameaçados. Alguns dos disparos atingiram um veículo de um supermercado que fica nas imediações das agências bancárias. As paredes do estabelecimento também ficaram marcadas pelos tiros de fuzil.

A polícia do Paraná mobilizou helicópteros e fez bloqueios nas estradas da região na tentativa de localizar os assaltantes. O caso passou a ser investigado pela 22.ª Subdivisão da Polícia Civil, de Arapongas, e pelo Comando de Operações Policiais Especiais (Cope).

Até à noite não havia informações sobre o paradeiro dos bandidos, mas um dos carros usados na fuga, o Hyundai I30, foi localizado. A Polícia Civil não informou o local onde foi encontrado o veículo.

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