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Nesta quarta-feira, funcionários da empresa responsável pela construção do prédio tamparam a parede de vidro | Luciano Mendes/ Gazeta do Povo
Nesta quarta-feira, funcionários da empresa responsável pela construção do prédio tamparam a parede de vidro| Foto: Luciano Mendes/ Gazeta do Povo

Adequação

Problemas podem prejudicar cerca de mil estudantes

Apesar de o problema dos banheiros do Conservatório Maestro Paulino já estar resolvido, ainda existe o temor de que a obra não esteja em condições de receber os cerca de mil alunos a partir de fevereiro. O secretário de Planejamento João Ney Marçal Júnior afirma que desconhece o valor preciso da aplicação da película, mas sustenta que é uma quantia já prevista para o orçamento da obra. Quanto às portas de emergência que se abrem para o nada, ainda não existe uma previsão exata para a colocação da escada do lado de fora, mas o secretário afirma que pretende ter tudo pronto antes do início das aulas.

Caso o prédio não fique pronto até lá, Marçal admitiu a possibilidade da utilização do edifício antigo, alugado pela prefeitura. No entanto, o músico e diretor do Conservatório, Jairo Ferreira, afirma que não tem como isso ser feito. "Tínhamos cerca de 700 alunos até o ano passado e agora serão mil. Não temos como retornar ao outro prédio", explica.

Ele afirma que cerca de R$ 4,6 mil da receita da própria escola foram gastos para colocar paredes opacas em duas salas destinadas a guardar os instrumentos, que, caso contrário, ficariam visíveis do lado de fora.

Alguns "turistas" ainda procuram o famoso banheiro transparente de Ponta Grossa (Campos Gerais), mas a piada já perdeu parte da graça. Nesta quarta-feira, funcionários da empresa responsável pela construção do novo prédio do Conservatório Dramático Musical Maestro Paulino Martins Alves aplicaram uma película branca opaca para tampar a parede de vidro.

Mesmo assim, ainda existem dois banheiros transparentes na cidade, a poucas quadras dali, na ainda não inaugurada Arena Multiuso de Ponta Grossa, um espaço destinado à prática de diversos esportes que deveria ter sido entregue há quase quatro anos e custou cerca de R$ 7 milhões aos cofres públicos.

A reportagem da Gazeta do Povo esteve no local, mas a entrada é proibida. "O prédio só será aberto quando recebermos os R$ 2 milhões que a prefeitura de Ponta Grossa ainda nos deve. O último pagamento que recebemos aconteceu em novembro de 2011", relata Nalmir Fontana Feder, diretor técnico da Endeal Engenharia, de Curitiba, empresa responsável pela obra.

O secretário municipal de Planejamento de Ponta Grossa, João Ney Marçal, afirma que os problemas da Arena ainda precisam ser estudados antes de se tomar qualquer atitude.

Enquanto dura o impasse, dois banheiros do prédio ficam completamente visíveis do lado de fora. Segundo informações da Endeal, o projeto previa que a maior parte da parede dos banheiros seria de vidro azul e que, em seguida, seria aplicada uma película opaca. Mas isso ainda não foi feito, segundo a empresa, em razão da falta de pagamento pela prefeitura.

Outros problemas

No entanto, o local apresenta outros problemas. Como não há nenhum tipo de segurança patrimonial, uma das portas de vidro azul está bastante danificada e há um vidro triangular que foi arrancado – possivelmente por vândalos – e substituído por uma placa de madeira do mesmo formato. Mesmo assim, a Endeal afirma que não está enfrentando problemas para repor os vidros. "Neste momento, mantemos dois encarregados da empresa por lá e estamos trabalhando na contenção de um vazamento de uma calha", afirma Feder.

Apesar de haver alguns baldes espalhados pela quadra de esportes, ele afirma que o prédio não enfrenta problemas com goteiras. "Já tivemos esse problema, por um erro no projeto e não na execução. Mas isso já foi contido com a impermeabilização do telhado", sustenta.

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