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Exames sorológicos feitos no Hospital Evangélico comprovaram que o bebê não tem nenhuma doença | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Exames sorológicos feitos no Hospital Evangélico comprovaram que o bebê não tem nenhuma doença| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O recém-nascido encontrado na noite de quinta-feira passada em uma praça no Jardim Social, em Curitiba, passa bem e já pode deixar o hospital. O menino passou por exames necessários no Hospital Evangélico, onde foi atendido, e deve seguir para um abrigo enquanto as investigações sobre o caso prosseguem. Os pais da criança ainda não foram identificados.

O pediatra Gilberto Pascolat, que acompanhou o caso, informou que os resultados da sorologia confirmaram que o bebê não tem qualquer doença. "Ele se alimenta normalmente e aguarda apenas o posicionamento do Conselho Tutelar para ser liberado", completou. O Ministério Público (MP) comunicou que já foi feita a determinação para abrigamento da criança. O bebê aguarda apenas a posição da juíza da 1.ª Vara da Infância e Juventude de Curitiba para que possa deixar o hospital e seguir para um abrigo. A expectativa do hospital é de que ele receba alta hoje.

O superintendente do Nú­­cleo de Proteção à Criança e ao Ado­­lescente Vítima de Ex­­ploração Sexual e Maus Tratos (Nucria), Luiz Gustavo Dias de Souza, informou que o caso es­­tá sendo investigado desde sexta-feira. As equipes do Nu­­cria realizam um levantamento com os nomes de testemunhas e possíveis envolvidos no caso para que essas pessoas prestem depoimento.

Como explicou na semana passada a promotora da 1.ª Vara da Infância e Juventude (de risco e proteção), Michele Rocio Maia Zardo, caso os pais sejam encontrados, eles terão de justificar o motivo do abandono. Se demonstrarem a vontade de ficar com o filho, o caso será analisado pelo Conselho Tutelar. Mesmo no caso de identificação dos pais da criança, o MP poderá entrar com uma ação de destituição de pátrio poder (responsabilidades e direitos que os pais têm sobre a guarda da criança) em virtude do abandono do filho. Se a mãe ou o pai da criança não forem localizados, a situação pode ficar caracterizada como infante exposto, ou seja, recém-nascido abandonado sem o conhecimento da origem familiar. Em ambos os casos, a liberação para adoção do bebê não ocorrerá antes do fim das investigações e do cumprimento dos procedimentos legais.

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