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foi velado ontem em Colombo, na região metropolitana de curitiba,o bebê Willian David de Azevedo Bezerra, de um ano e cinco meses. Ele morreu vítima de maus-tratos de quem deveria prezar pelo seu bem-estar – o pai, Edimilson de Souza Rosa, 25 anos, que desconfiava de sua paternidade. O fato aconteceu na tarde do último domingo, na Rua Júlio Mesquita, no Jardim Petrópolis, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Rosa foi baleado em confronto com policiais militares e morreu.

A vida de Willian ficou mais conturbada depois que Rosa fugiu da Colônia Penal de Piraquara e voltou a morar com a mãe do menino, Andressa de Azevedo Bezerra, e com o outro filho do casal, de 3 anos, em novembro. O pedreiro Rosa estava detido desde 2004 por roubo. Rosa sempre duvidava ser o pai do menino e tratava-o com diferença. "Ele não pegava o nenê no colo e não queria fazer o exame de DNA", revela Andressa.

Segundo a mãe, Willian era mais apegado a ela. "Com um ano ele (Willian) aprendeu a falar mamãe. Quando a gente pedia para dizer papai ele falava não", conta. Rosa estava sempre com o outro menino e questionava por que o bebê não gostava dele. As crianças sempre eram deixadas na creche enquanto a mãe trabalhava como pegadora de bolas em um clube de golfe. Agora, no período de férias, elas ficavam com Rosa.

Familiares informam que há duas semanas o menino foi internado quando a mãe o encontrou com hematomas pelo corpo. "Ele (Rosa) chegava a chorar dizendo que não era ele quem machucava o bebê", lembra Andressa. "Botava a culpa no outro menino", conta a bisavó Tereza Pires de Azevedo. "A assistência social chegou a ligar para mim alertando que o menino não podia mais ficar sozinho com o pai", relata Maria José dos Santos, tia de Andressa.

Por volta das 16h30 de domingo, Andressa chegou em casa. Rosa estava em um bar e ela encontrou Willian deitado na cama. "Não queria acreditar que ele estava morto", afirma a mãe. Rosa ameaçou Andressa caso fosse a um hospital ou chamasse a polícia. Sem que o marido a visse, ela saiu com os filhos e foi buscar ajuda. Perto das 19h30, Andressa chegou com Willian já sem vida ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

Acompanhada por policiais militares, Andressa voltou para casa, sendo recebida a tiros. Os policiais revidaram. Baleado, Rosa foi encaminhado ao Hospital Cajuru, em Curitiba, mas morreu no caminho. "Estou mais conformada porque ele (Rosa) morreu. Ele pagou pelo que fez", afirma Andressa. O corpo de Willian será enterrado hoje às 10 horas, no cemitério paroquial São Gabriel, em Colombo.

Segundo o superintendente Valdir Bicudo, da Delegacia do Alto Maracanã, a criança teria sido sufocada e testemunhas afirmam que o bebê respirava com dificuldade quando a mãe chegou. "Queremos saber se a mãe sabia que a criança era mal-tratada e porque não delatava o marido", conta Bicudo.

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