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A criança de 1 ano e quatro meses que engoliu cinco gramas de crack e está internada no Hospital Pequeno Príncipe (HPP), em Curitiba, desde a madrugada de terça-feira (17), continua em estado grave, informou a assessoria da instituição nesta sexta-feira (20). Ela permanece em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo medicada, mas sem apresentar qualquer reação.

A mãe do menino, que está grávida de oito meses, foi transferida da Delegacia de Paranaguá por questões de segurança. Segundo a delegada responsável pelo caso, Maria Nysa, o local para onde ela foi levada não pode ser divulgado por precaução. Até o momento nenhum advogado apareceu para defender a jovem, de 21 anos, que deve recorrer à Defensoria Pública.

Segundo a Polícia Civil da cidade, a mulher deve responder, inicialmente, por abandono de incapaz e maus-tratos. Ainda segundo a polícia, a mãe do menino teria encontrado o filho nos arredores da residência, agitado e com “cheiro de crack na boca”. Após ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao hospital de Paranaguá, ainda na segunda-feira (16), o garoto foi transferido para o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, onde há tratamento adequado para o caso.

“Nós tivemos que separá-la com medo de que ela tentasse se matar porque ela só chora, está desesperada”, explicou uma agente do Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente que não quis se identificar. De acordo com a polícia, a mãe da criança teria admitido, em depoimento, ser traficante de drogas.

Efeitos

A pediatra Maria Cristina da Silveira, do HPP, explicou que a intoxicação por crack pode gerar depressão do sistema nervoso central, das funções cardíacas, convulsões e vários outros sintomas. “As crianças muito pequenas podem sofrer essa intoxicação ao inalar a fumaça ou engolir a pedra e o quadro clínico vai depender da quantidade consumida, do nível de intoxicação”, esclarece. A pediatra explicou também que não existe um nível máximo que o organismo suporta, os limites variam de acordo com o tamanho da pessoa e a quantidade de droga consumida. Maria Cristina que quando uma intoxicação como essa é constatada, a vítima deve ser levada imediatamente ao hospital, em jejum, para que seja feita uma lavagem estomacal.

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