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Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho | Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo
Elton John participou do Viajazz Music Festival, em Madri, no início de julho| Foto: Sergio Perez-Reuters/Gazeta do Povo

A amamentação na primeira hora após o nascimento pode ajudar a salvar a vida de 7 mil bebês brasileiros por ano. É para alertar sobre a importância do ato que a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno definiu o incentivo à amamentação na primeira hora de vida como o tema da campanha deste ano. Em Curitiba, as atividades estão concentradas na Boca Maldita, onde até amanhã profissionais de seis hospitais orientam a população sobre o assunto.

Estima-se que 90% dos recém- nascidos têm condições de sugar o seio materno se forem devidamente auxiliados por um profissional de saúde. A prática traz uma série de benefícios tanto para a mãe como para o bebê. "Sabemos que o colostro (o primeiro leite) é rico em anticorpos, e por isso protege o bebê de infecções", resume a pedriatra e coordenadora do programa de aleitamento materno da Secretaria de Saúde de Curitiba, Claudete Closs.

Celestina Grazziotin, coordenadora do Banco de Leite do Hospital de Clínicas e consultora internacional credenciada pelo Ibcle (conselho de especialistas em lactação sediado nos Estados Unidos), explica que quando o bebê mama na primeira hora após o nascimento, entra em contato com os microorganismos da pele da mãe e é isso que ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico. O aleitamento após o nascimento também afasta a necessidade de aplicação de uma dose externa da vitamina K, que geralmente é administrada para evitar que o recém-nascido tenha hemorragia. Além disso, deixa a criança calma e com respiração mais regular.

Para as mães, a prática diminui o risco de hemorragia e auxilia no processo de expulsão da placenta. Além disso, a sucção aumenta as contrações uterinas, fazendo com que o útero volte mais rapidamente ao tamanho original. "Se o bebê mamar logo depois de nascer, as chances da mãe ter leite já no primeiro dia são maiores", diz.

Apesar de todos os benefícios, ainda são poucos os hospitais que proporcionam este contato entre a mãe e o bebê ainda na sala de parto. "Há uma resistência à mudança e acredito que seja principalmente pela falta de conscientização", afirma Celestina.

Serviço: A tenda da Semana Mundial da Amamentação atende a população hoje, das 9 às 17 horas, e amanhã, das 9 às 14 horas, na Boca Maldita.

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