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Miami (EUA) – Sônia e Estevam Hernandes, o casal fundador da Igreja Renascer, confessaram ontem serem culpados por contrabando de divisas para os Estados Unidos, em audiência realizada em Miami.

O casal foi preso no dia 9 de janeiro, quando chegavam aos EUA tentando entrar com US$ 56 mil não declarados, sendo US$ 9 mil dentro de uma Bíblia.

O casal admitiu culpa por dois crimes: conspiração para contrabando de divisas, uma vez que ambos sabiam da irregularidade; e contrabando de divisas propriamente dito.

Pelos delitos, os bispos da Renascer podem pegar uma pena de até 10 anos de prisão, seguidos de deportação para o Brasil. Mas, por terem admitido sua culpa e demonstrado arrependimento, circunstâncias atenuantes, a pena deve ser bastante reduzida pelo juiz.

Sônia e Estevam vão esperar pela sentença do juiz, que será divulgada no dia 17 de agosto, em liberdade supervisionada. Eles vão continuar em sua mansão, num condomínio fechado em Boca Raton, mas não podem deixar o condado de Miami Beach.

Marcha

"Sim, culpado", foi o que os dois disseram em português em audiência na Justiça norte-americana. Em troca da confissão, ficam dispensados de ir a julgamento no qual, pela legislação norte-americana, poderiam ser condenados a até dez anos de prisão. O casal se recusou a fazer comentários. Sônia e Estevam também são acusados pela Justiça brasileira de roubar as doações dos fiéis para uso próprio. Eles são processados por lavagem de dinheiro, fraude e evasão de dívidas.

A Igreja Renascer foi fundada em 1986, possui mais de 11.200 templos no Brasil e também tem sedes em Orlando, Deerfield Beach e Boston, cidades nos Estados Unidos.

O império do casal ainda conta com jornais e rede de televisão e de rádios. Em prisão domiciliar em Miami, Sônia e Estevam interagiram com o público da Marcha para Jesus, realizada na quinta-feira, em São Paulo. Eles apareceram em telões instalados pela organização da Marcha e, através de uma transmissão via satélite, pediram animação aos participantes.

Participantes do evento passavam uma lista com um abaixo-assinado pedindo que o casal fosse solto e retornasse ao país. O documento não tem valor jurídico.

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