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O desmoronamento ocorreu por volta das 3 horas, em uma construção, e formou uma cratera de 6 metros de profundidade. Muro de contenção segurou o asfalto | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
O desmoronamento ocorreu por volta das 3 horas, em uma construção, e formou uma cratera de 6 metros de profundidade. Muro de contenção segurou o asfalto| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

O bloqueio do tráfego na Avenida João Gualberto, no bairro Juvevê, em Curitiba, deve seguir por, no mínimo, 20 dias. Parte da pista afundou na quinta-feira (16) por causa da fundação de um prédio em obras, que estaria comprometida. O trânsito segue interditado nos dois sentidos da avenida e na canaleta do biarticulado - entre as ruas Manoel Eufrásio e Moysés Marcondes - nesta sexta-feira (17).

De acordo com a prefeitura de Curitiba, o prazo é necessário para que a construtora possa construir um muro de contenção. A Novaes Chemin Engenharia, responsável pela obra, informou na quinta-feira que a recuperação de toda a parte danificada deve levar 60 dias.

Os motoristas podem seguir pelas ruas Nicolau Maeder e Campos Sales para desviar da João Gualberto. Pode haver trânsito lento nessas vias nos horários de pico, pois o biarticulado também trafega por essas vias, de acordo com a Diretoria de Trânsito (Diretran). A orientação aos condutores é para que procurem seguir por outras ruas, além da Nicolau Maeder e da Campos Sales, nos horários mais movimentados.

A Urbanização de Curitiba de S.A (Urbs) informou que a estação-tubo Bom Jesus voltou a funcionar no sentido Centro-bairro no início da noite de quinta-feira (16).

A estação continua desativada no sentido bairro-Centro. Quem costumava pegar o biarticulado Santa Cândida-Capão Raso nesse sentido da estação Bom Jesus, deve seguir para o Terminal do Cabral ou para a estação Moysés Marcondes.

A canaleta dos ônibus não foi afetada, mas a Defesa Civil optou pelo bloqueio para evitar trepidações no solo, o que aumenta o risco de novos deslizamentos. Uma cratera de 6 metros de profundidade e 25 de comprimento engoliu parte da pista no sentido bairro-Centro.

Famílias afetadas

Três edificações vizinhas à obra foram interditadas pela Defesa Civil. Segundo o órgão, as construções do lado direito - onde fica uma floricultura e uma funerária - estão mais comprometidas e devem passar por uma reforma ou reconstrução para voltarem a ser ocupados.

Já a outra construção, que abriga moradias e comércios, não tem danos estruturais e pode ser liberada assim que a situação na rua estiver estável. As famílias que moram no local foram retiradas do prédio na quinta-feira (16) com o auxílio da Defesa Civil. Segundo o órgão, elas seguiram para a casa de parentes com pertences mais leves. Produtos como geladeira e fogão foram deixados no prédio porque não há risco de desabamento. No entanto, não há previsão de quando o espaço será liberado para o retorno das famílias e retomada das atividades comerciais.

Uma das moradoras do prédio, Ariadne Micheluzzi, conta que em nenhum momento as pessoas que moravam no prédio receberam assistência. Ela, o marido e a filha foram para a casa da mãe dela, que fica na região metropolitana, e não sabem quando vão poder voltar para casa ou retirar os pertences: a previsão inicial era de uma semana, mas as datas não foram confirmadas. "Tiramos um pouco das nossas coisas mais leves, de mão. O que a gente quer mesmo é retirar os pertences, porque não temos segurança em deixar as coisas no prédio", relata. Ela conta que além de sua família, outras três pessoas moram no local, em dois apartamentos.

Fornecimento de água

O incidente fez com que aproximadamente 1,6 mil pessoas – em um raio de oito quadras – ficaram sem água durante grande parte da quinta-feira. A Sanepar informou que o fornecimento de água foi restabelecido por volta das 19 horas.

O deslizamento na obra afetou parte da rede da Sanepar e o conserto deverá ser financiado pela construtora responsável, a Novaes Chemin Engenharia, segundo a Sanepar.

Confira no mapa o trecho bloqueado no Juvevê:

Bloqueio no Bigorrilho

Uma das pistas da Rua Padre Anchieta, no bairro Bigorrilho, em Curitiba, continuava interditada nesta sexta-feira (17). A interdição ocorreu na noite de terça-feira (14) por causa de uma rachadura na via.

O bloqueio seguia no sentido Centro-bairro, da Rua General Aristides Athayde Júnior até a Rua Marechal José Bernardino Bormann. No sentido bairro-Centro, há um bloqueio na Rua Joaquim Ignacio Taborda Ribas, de acordo com a prefeitura de Curitiba.

De acordo com a Diretran, o trecho deve ser liberado na segunda-feira (20). Dois dias após a rachadura no Bigorrilho, foi registrado o afundamento de solo no Juvevê, onde também há bloqueio de trânsito.

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