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A Coordenação de Aperfei­çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou ontem, no Diário Oficial da União, os novos valores de benefícios que poderão ser pagos a brasileiros que forem ao exterior para estudar e a quem venha ao Brasil pelo mesmo motivo. A publicação inclui bolsas de graduação, pós-graduação e também de especialização para professores da educação básica. A portaria institui ainda um adicional aos bolsistas com destino a cidades consideradas de alto custo. As informações são da Agência Brasil.

Para obter uma dessas bolsas é preciso se candidatar de acordo com as regras dos editais de seleção da Capes, disponíveis no site www.capes.gov.br. As bolsas para brasileiros que forem ao exterior podem chegar a US$ 5 mil mensais (professores de ensino superior que forem para os Estados Unidos). Para estudantes de graduação, o valor é 870 dólares, euros ou libras, dependendo do país escolhido. Já para doutorandos, a quantia chega a 1,3 mil.

A Capes pode auxiliar os pesquisadores com as despesas de instalação, por meio de um benefício no mesmo valor da bolsa obtida. Adicionais poderão ser pagos a quem tiver dependentes e a quem se mudar para uma cidade listada como de alto custo.

A publicação traz ainda os valores pagos pelas bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras, que vai da graduação (870 dólares, euros ou libras) ao estágio pós-doutoral (2,1 mil). Professores da educação básica que obtiverem o incentivo à capacitação no exterior receberão 1,3 mil dólares, euros ou libras, além do auxílio-instalação e do seguro-saúde.

Aumento é alívio para estudantes

Adriana Czelusniak

Desde que receberam a informação de que foram selecionados para o programa Ciência Sem-Fronteiras, estudantes brasileiros aguardam o aumento no valor da bolsa, que atualmente, segundo eles, é de 416 libras. Por terem viajado a Londres, cujo custo de vida é alto, a promessa era de que eles receberiam um aumento no benefício, que passaria a ser de 816 libras. Os estudantes deveriam receber ainda os valores retroativos aos meses de setembro a dezembro. Mas a Capes não informa quando será feito o pagamento e os estudantes ouvidos pela reportagem disseram ainda não ter sido avisados da publicação da portaria que reajusta o valor da bolsa.

Além de aumentar o benefício para 870 libras, a publicação prevê um adicional de 400 libras para estudantes que moram em cidades com alto custo de vida, como Londres, Paris, Toronto, Roma e Sydney.

Demora

De acordo com a estudante Laís Leal Lopes, que estuda na University of East London, está difícil aguardar pelo dinheiro, já que neste mês ela já gastou as 416 libras referentes a janeiro. "Gasto absurdamente com transporte e alimentação. Meus pais não têm a mínima condição de me mandar mais dinheiro, o que deixa meu mês de janeiro entregue à sorte, já que só receberei nova mensalidade em fevereiro", conta.

Bernardo Cascon, 22 anos, que cursa Engenharia de Produção no Rio de Janeiro e também está em Londres, conta que o aumento da bolsa é muito esperado pelos estudantes. "Assim que cheguei a Londres, adorei a cidade, mas fiquei preocupado com o alto valor das coisas. Estávamos ficando muito aflitos com a falta de informação da Capes sobre a data de publicação da portaria."

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