Bomba mata 19 e deixa centenas de feridos na Tailândia

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Uma explosão em um importante cruzamento no centro de Bangcoc, na Tailândia, deixou ao menos 19 mortos e 117 feridos, de acordo com o Centro de Resgate de Emergência Médica Narinthorn. A explosão ocorreu por volta das 19 horas do horário local (9 horas, de Brasília), em frente ao santuário Erawan do deus hindu Brahma, visitado por milhares de budistas diariamente, ao redor de hotéis e shoppings luxuosos.

Pelo menos duas bombas foram encontradas na cena do crime – a segunda foi desativada. No local, há inúmeros destroços, incluindo pedaços de corpos. No entanto, nenhum grupo reivindicou a ação oficialmente. Forças tailandesas estão lutando contra insurgentes muçulmanos no sul do país predominantemente budista, mas os rebeldes raramente realizaram ataques fora de sua região.

Segundo o ministro da Defesa, Prawit Wongsuwan, a explosão foi causada por uma motocicleta-bomba “com a intenção de destruir a economia e o turismo [do país]”. “Não temos certeza se o ataque é politicamente motivado, mas eles pretendem prejudicar a nossa economia e nós vamos caçá-los”, acrescentou o vice-primeiro-ministro, Prawit Wongsuwon.

O templo hindu de Erawan é uma atração turística popular da cidade, principalmente entre visitantes do leste asiático, mas também frequentada por fiéis locais. No último episódio violento a ganhar destaque no local, um homem foi linchado até a morte após destruir a estátua do deus Phra Phrom − um avatar do deus Brahma popular na Tailândia −, peça central do santuário, em 2006.

Bangcoc tem vivido uma relativa calma desde que um golpe militar depôs o governo civil eleito em maio de 2014, após meses de protestos políticos com diversos episódios de violência. No entanto, tensões emergiram após a junta que comanda o país declarar que talvez não realize novas eleições até 2017 e que quer uma Constituição que permitirá algum tipo de regra de emergência para tomar o lugar de um governo eleito.

Atentados com explosões são raros em Bangcoc, mas carros-bomba já foram usados no sul do país, onde uma facção separatista muçulmana atua.