Os 439 bombeiros militares que foram presos no Rio de Janeiro depois de protestos por melhores salários estão na Câmara dos Deputados para pedir a aprovação do projeto que concede anistia criminal. A proposta já foi aprovada na semana passada no Senado e depois de analisada pelos deputados segue para sanção presidencial.
O grupo, que ficou detido cerca de uma semana no quartel central da corporação no Rio, foi enquadrado no Código Penal Militar pelo crime de motim e também por crimes administrativos. Na terça-feira (29), a Assembleia Legislativa do Rio concedeu anistia administrativa aos bombeiros mas, o governador Sérgio Cabral ainda precisa sancionar a matéria.
Além de pedir a anistia criminal, os bombeiros tem como reivindicação o aumento do piso salarial. Hoje recebem cerca de R$ 900 e pedem um piso salarial líquido de R$ 2 mil. "Viemos aqui pedir socorro. Hoje temos o pior salário do país", disse o cabo Baciolo, um dos representantes do grupo.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que pode colocar em votação o projeto de anistia criminal na semana que vem. Antes, porém, é preciso retirar a urgência do projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
O deputado Mendonça Prado (DEM-SE), um dos integrantes da Comissão de Segurança que se reuniram com os bombeiros, disse que a expectativa é que o projeto seja aprovado rapidamente. "Todos os brasileiros estão solidários à questão. Entendem que a forma como eles foram punidos extrapolou", comentou.
O grupo se reuniu com deputados distritais na Câmara Legislativa. Em seguida, fez caminhada até o Congresso Nacional.
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