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O Corpo de Bombeiros encerrou, pouco depois das 20h30 desta quinta-feira (24), as buscas por vítimas da explosão de uma loja de fogos de artifício em Santo André, ABC, ocorrida na tarde desta quinta. O acidente deixou dois mortos, 12 feridos e mais de cem desalojados. O trabalho de retirada de escombros continua e não tem hora para terminar.

O proprietário da loja de fogos de artifício está desaparecido e era procurado pela polícia por volta das 18h desta quinta-feira (24), de acordo com o Corpo de Bombeiros. A mãe do proprietário está internada no Centro Hospitalar de Santo André. Segundo a assessoria, a mulher passa bem e está em observação.

Casas serão avaliadas

O diretor do órgão, João Batista Camargo, afirmou que 30 casas foram isoladas. "As casas serão avaliadas na manhã desta sexta-feira para saber quantas precisarão ser interditadas", disse. O isolamento também foi pedido pela perícia da Polícia Técnico-Científica.

No início da noite, moradores, acompanhados por técnicos da Defesa Civil, puderam entrar em suas casas para retirar roupas, dinheiro e outros objetos de pequeno porte. "A Defesa Civil nos orientou a pegar apenas o necessário. Deu para pegar algumas roupas, edredom e cobertor", afirmou a vendedora Maria Feliste, de 48 anos, que vive em uma das casas afetadas.

No final da tarde, equipes da prefeitura chegaram ao local para cadastrar as famílias desalojadas. "Essa noite, cada um vai ter de se virar", lamentava o estudante Caio Vinícius Xavier, de 19 anos. Os desalojados são orientados a procurar auxílio em casa de parentes.

Alvará

A loja que explodiu não tinha permissão para funcionar, segundo a prefeitura da cidade. Em nota divulgada na noite desta quinta, a prefeitura informa que o pedido para funcionar foi indeferido no dia 14 de setembro e o proprietário, avisado sobre a situação do imóvel dois dias depois.

O dono do comércio entrou, em maio, com pedido para venda de fogos de artifício no varejo. Em junho, a prefeitura teria informado ao proprietário que precisava apresentar um novo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Apenas com isso ele receberia o alvará de funcionamento.

"Como o requerente não apresentou (...), o pedido de funcionamento do comércio de fogos de artifício foi indeferido em 14 de setembro", termina a nota.

Confusão

Mais cedo, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), afirmou que o proprietário do local onde ocorreu a explosão tinha alvará para comercializar fogos de artifício. No entanto, segundo ele, não havia autorização para fabricação desses produtos. A informação, porém, foi corrigida pela assessoria da prefeitura no início da noite.

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