Os mergulhadores que trabalham na busca de desaparecidos no naufrágio ocorrido no último domingo no Lago Paranoá, em Brasília, encontraram no início da noite desta terça-feira (24) o corpo de mais uma vítima do acidente. Com isso, sobe para oito o número de mortes confirmadas no naufrágio. Há pelo menos uma pessoa desaparecida.
Mais cedo, três corpos já haviam sido localizados pelos mergulhadores. Depois da descoberta do corpo no início da noite desta terça, os bombeiros anunciaram que encerrariam as buscas devido à falta de luz natural. Os trabalhos serão retomados nesta quarta pela manhã.
Nesta tarde foi realizado o primeiro enterro de uma vítima do naufrágio a da irmã da empresária que promovia a festa no barco. "É uma injustiça. Eu sou velha, eu que deveria ter ido", dizia, inconformada, a avó da garçonete durante o sepultamento.
As buscas são feitas por uma equipe de 40 mergulhadores, que se revezam a cada 40 minutos nas buscas. Até as 13h desta terça, os mergulhadores já haviam feito buscas em uma área de 75 mil metros quadrados, o equivalente a sete campos de futebol.
Investigações
O delegado Adval Cardoso de Matos, da 2ª Delegacia de Polícia de Brasília, afirmou nesta terça-feira que os responsáveis pelo barco agiram, segundo as investigações feitas até agora, com "imprudência" e "imperícia". Ele disse que o caso pode resultar em indiciamentos por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
"Está caminhando a princípio para crime culposo, mas ainda é cedo para determinar. Ainda tem uma série de informações que podem mudar ou não essa situação, mas a princípio seria exatamente culposo, ou por imprudência ou por imperícia", disse.
O barco tinha mais de cem pessoas a bordo, mas a capacidade, segundo a Marinha era de 92 pessoas. O G1 tentou falar com o dono do barco, mas os telefones dele estão desligados.
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