• Carregando...

São Paulo – O capitão Minori, do Corpo dos Bombeiros, um dos coordenadores das buscas às vítimas da cratera aberta em Pinheiros, em um canteiro de obras do Metrô, saiu às 18h35 de ontem do túnel na Rua Ferreira de Araújo dizendo ser impossível prosseguir com as buscas dentro do túnel porque há concreto misturado com terra, por causa do desmoronamento.

O governador de São Paulo José Serra disse em entrevista coletiva que os trabalhos de escavação no local do acidente da estação Pinheiros do Metrô, para resgate do microônibus desaparecido, serão retomados pela parte de cima da cratera. Ele confirmou que os bombeiros viram o veículo no final desta tarde. Mais cedo dois deslizamentos obrigaram a interrupção dos trabalhos com escavadeiras. Umas das casas, na rua Capri, n.º 162, foi parcialmente derrubada na operação dos bombeiros. Outros três imóveis estão condenados à demolição.

"Deve demorar mais algumas horas até que ocorra a retirada da van. Com os deslizamentos, o veículo foi novamente encoberto", disse Serra, que afirmou que não há como confirmar quantas pessoas estariam no microônibus. Até o fechamento desta edição a van não tinha sido reencontrada."É pouco provável que haja vivos", disse ele. Há pelo menos sete desaparecidos.

Dormindo em colchonetes na calçada da Rua Capri, familiares e amigos das vítimas do desabamento no canteiro de obras da linha 4 do Metrô paulista reclamaram de falta de apoio por parte do governo e da falta de informações. Em clima de aflição, eles tentaram até interromper a entrevista coletiva do governador José Serra no local para pedir esclarecimentos.

Ezilene Gomes Dourado, mulher de Reinaldo Aparecido Leite, motorista da van soterrada, cobrou providências do governador José Serra durante a coletiva dada por ele. "Governador, tem um motorista e um cobrador desaparecidos. É verdade que eles querem jogar mais terra no local?", indagou Ezilene, que, segundo a tia, Anaídes Dourado, desmaiou duas vezes no sábado e ameaça se matar. "Isso não é verdade. Os bombeiros estão trabalhando muito para achar vítimas", respondeu Serra, que abraçou a moça.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]