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Quatro estudantes do CEP saíram do parque por uma trilha aberta na mata

Paraná arrecada doações para desabrigados em Santa Catarina

O Paraná começou, na segunda-feira (24), uma campanha para arrecadação de alimentos, roupas e cobertores, que serão enviados para famílias que perderam suas casas em Santa Catarina. A chuva que caiu nos últimos dias provocou alagamentos e deslizamentos de terra em vários municípios do estado.As doações pessoais podem ser feitas nos quartéis do Corpo de Bombeiros e para as doações de grande porte deve-se entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199.

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Começou no final da manhã desta terça-feira (25) o trabalho de resgate dos cerca de 120 estudantes paranaenses isolados no Parque Aquático Cascanéia, no município de Gaspar, em Santa Catarina. De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, duas equipes do Corpo de Bombeiros paranaense, compostas por 13 homens no total, abriram uma trilha de cerca de seis quilômetros na mata, que dá acesso ao parque. Na segunda-feira, quatro estudantes do Colégio Estadual do Paraná já haviam conseguido voltar para casa.

"A prioridade do trabalho, por ser comandado por equipes do Paraná, serão os estudantes curitibanos", diz o capitão Antônio Hiller, da Defesa Civil do Paraná. "Mas é claro que se for possível resgatar outras pessoas, elas não serão deixadas", afirma. Do parque, os bombeiros acompanharão os estudantes até a rodovia que está interditada. "Lá, dois ônibus cedidos pela prefeitura municipal de Gaspar estarão esperando os turistas, para levá-los até Curitiba", explica o chefe da seção operacional da Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná, tenente Eduardo Gomes Pinheiro. O tenente não soube dar uma previsão de quanto tempo o trabalho levará para ser concluído.

Mais de 150 bombeiros do Paraná estão em Santa Catarina trabalhando no apoio aos colegas catarinenses. De acordo com Pinheiro, a região que concentra o maior número de homens é a do município de Joinville, onde há cerca de 70 bombeiros paranaenses.

Retorno

Quatro dos 40 estudantes do Colégio Estadual do Paraná (CEP), que estavam isolados com outros 600 turistas no parque aquático, conseguiram voltar para casa na noite de segunda-feira (24). Os alunos caminharam por uma trilha no meio da mata até chegar na BR-470, antes da interdição, onde o pai de um dos alunos aguardava, de carro, para trazê-los para Curitiba.

Outros 30 estudantes do colégio, além dos 80 alunos de outras duas escolas de Curitiba decidiram continuar no parque. "O pessoal já não está mais dormindo nos ônibus, já conseguiram acomodação e resolveram esperar o tempo melhorar", contou, na manhã desta terça-feira, Richard Mölleken, de 17 anos, um dos alunos do CEP que conseguiu voltar para casa. "A gente resolveu voltar porque vimos que um grupo de 20 turistas ia fazer a trilha para pegar um microônibus também na BR. Um colega conseguiu falar com o pai dele, que disse que estava indo nos buscar".

Mölleken contou que o caminho por onde os alunos passaram é bastante perigoso. "Passamos por 15 minutos às margens de um rio, que tinha pontes de madeira improvisadas, por onde só passava uma pessoa de cada vez", lembra. "Se chovesse e o rio subisse, não tinha como atravessar", afirma. Segundo ele, outros grupos de turistas também faziam o caminho ainda na segunda-feira. "Quando saímos devia ter umas 400 pessoas ainda, mas não sei se depois teve mais gente que saiu", diz.

Além dos estudantes do CEP, há 42 alunos, de 13 a 16 anos, do Colégio Estadual Padre Silvestre Kandora, também de Curitiba, isolados no parque. Os alunos cursam da oitava série ao ensino médio na escola, segundo Cícero Donadeli, diretor do colégio. Donadeli disse que os adolescentes viajaram no sábado de manhã, acompanhados por dois professores e uma funcionária da escola. "Eles pretendiam retornar no mesmo dia, quando começasse a escurecer", contou.

Outro grupo é formado por estudantes do Colégio Roberto Langer Júnior, do bairro Boqueirão. Segundo a diretora da escola, Marilda Aparecida dos Reis Santos, 40 alunos do colégio estão no parque. A diretora afirma que conversou com os pais e com funcionários da escola que estão acompanhando a situação dos estudantes.

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