Bombeiros vão usar produto americano para combater fogo em Santos

• 0

Bombeiros aguardam a chegada de 180 mil litros de um produto chamado líquido gerador de espuma, de origem americana, nesta quinta-feira, para combater o fogo no tanque de combustível da empresa Ultracargo, no bairro Alemoa, em Santos, litoral paulista. O incêndio já dura oito dias. A tampa do reservatório derreteu e há focos de incêndio no chão porque houve vazamento de gasolina.

Segundo a tenente tenente Cíntia Oliveira, do Corpo de Bombeiros, foram solicitados 500 mil litros do produto, produzido nos Estados Unidos. E parte - 180 mil litros - está a caminho. A estratégia é fazer uma operação conjunto, uma combinação de produtos jogados ao mesmo tempo.

Na quarta-feira, o Corpo de Bombeiros chegou a controlar momentaneamente o incêndio, mas as chamas voltaram devido à alta temperatura interna. Foi usado o chamado “cold fire”, uma espuma com grande capacidade de resfriamento. No entanto, a tentativa de extinguir o incêndio falhou.

De acordo com a tenente Cíntia Oliveira, uma das substâncias mais preocupantes abrigada próxima aos tanques incendiados é o acrilato de butila. De acordo com ela, a substância foi neutralizada e isolada por uma barreira d’água.

Segundo a corporação, o combate ao incêndio mobiliza 137 bombeiros e 46 viaturas. As causas do fogo ainda são desconhecidas. Os danos ambientais já são perceptíveis. Cerca de 7 toneladas de peixes mortos já foram retirados do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP). Com o aumento da temperatura da água e a diminuição de oxigênio na água, os animais morreram.

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, esteve na quarta-feira em Santos. O governo federal já enviou reforços da Infraero e Força Aérea Brasileira, após determinação da presidente Dilma Rousseff.

Em nota enviada na quarta-feira, a Ultracargo afirmou que “não tem medido esforços para cooperar com as autoridades, que atuam de forma exemplar na coordenação e resposta ao evento”. A empresa disse ainda que “está fornecendo o apoio logístico para a operação de combate ao fogo, além do suporte às demandas nas áreas de saúde, segurança e meio ambiente.”