O coronel Roberson Luiz Bondaruk assumiu, na tarde desta terça-feira (29), o comando da Polícia Militar (PM) do Paraná, prometendo a "comunitarização" da corporação. A posse do novo comandante ocorreu em solenidade realizada no Quartel do Comando Geral da PM, no bairro Rebouças, em Curitiba. Bondaruk sucede o coronel Marcos Theodoro Scheremeta, que deixou o posto após desgastes com o secretário de Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, e em meio a rumores de envolvimento com o jogo do bicho.
O objetivo de Bondaruk é basear sua política de segurança em um tripé: além da comunitarização da PM, o novo comandante pretende valorizar o profissional de segurança pública e fortalecer a Corregedoria. "O policiamento vai ser mais próximo da comunidade, não só através da atuação dos conselhos comunitários de segurança, mas também do maior contato direto com a comunidade, com os comerciantes, com as escolas", exemplificou Bondaruk.
De acordo com o coronel, a polícia pretende implantar bases móveis em locais estratégicos dos bairros. A intenção é de que, numa segunda etapa, essas bases se tornem pontos fixos de segurança. "O que deve proteger o cidadão de forma mais efetiva", avalia o novo comandante.
Corregedoria
Segundo Bondaruk, a Corregedoria da PM passará por um processo de fortalecimento e terá total independência para apurar eventuais desvios de conduta de policiais militares. "Vamos capacitar e dar todo poder de atuação da Corregedoria para todo policial que seja flagrado tenha uma punição exemplar", garantiu.
Na sexta-feira (25), o ex-comandante da PM, Marcos Scheremeta admitiu que tinha relacionamento com operadores do jogo do bicho e da chamada "máfia dos caça-níqueis". Scheremeta disse que seu pai já falecido chegou a "trabalhar" com a contravenção e que, por isso, o coronel mantinha uma relação de amizade com os chefões do bicho.
Governador e secretário negam crise na segurança
O governador Beto Richa (PSDB) e o secretário de Reinaldo de Almeida César, se esforçaram por abafar uma suposta crise na gestão segurança pública. Na semana passada, Scheremeta afirmou que deixava o comando da PM por desgastes pessoais com o secretário.
Na posse, tanto Richa quanto Almeida César deram discursos minimizando o desgaste e dando a entender que a troca ocorreu por motivos técnicos e pessoais. No palanque, Almeida César e Scheremeta ficaram separados pelo governador, que se postou entre os dois. O ex-comandante e o secretário só se abraçaram quando o mestre de cerimônias leu uma mensagem em que Almeida César elogiou Scheremeta.
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