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Veja a reportagem do ParanáTV

O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) começou, nesta quarta-feira (24), uma operação de fiscalização de motociclistas em Curitiba. Os policiais estão autuando os condutores que não usam capacete, viseira ou óculos de proteção. A ação também apreende motos com características adulteradas.

O motociclista que não usar viseira está cometendo uma infração gravíssima, que resulta na suspensão da carteira de habilitação. Está prevista a fiscalização nas rodovias e nas principais vias da capital. A ação, que também é educativa, conta com tendas onde estão expostas motos que sofreram acidentes.

De acordo com o BPTran, entre janeiro e outubro, 43 motociclistas morreram em acidentes de trânsito na capital, aumento de 79% em relação ao ano passado. A média é de uma morte a cada seis dias. "Isso nos leva a crer que aumentou a imprudência desses condutores", disse o porta-voz do BPTran, tenente Silvio Cordeiro.

De acordo com o professor da Faculdade Evangélica de Curitiba e do Hospital Evangélico, Flamarion dos Santos Batista, o consumo de bebidas alcoólicas é um dos principais responsáveis pelos acidentes envolvendo motos. "Os casos mais graves, em geral, envolvem motociclistas que ingeriram álcool", aponta.

Um levantamento do Hospital Evangélico permite traçar um perfil dos motociclistas que sofrem acidentes. As vítimas, em geral, são homens com idade média de 30 anos, que permanecem internados por um período médio de nove dias. A metade dos casos é de colisões contra carros e um quarto dos acidentes tem relação à quedas.

Em um período de 12 meses – de outubro de 2009 a outubro deste ano – o pronto atendimento do hospital atendeu 2.128 a vítimas de acidentes envolvendo motocicletas. Os dados revelam que 441 precisaram de tratamento intensificado, com internação. Deste total, 16 morreram.

Para se ter ideia dos gastos com esses pacientes, o tratamento a um motociclista que permaneceu 108 dias internado custou R$ 82 mil ao Hospital Evangélico, dos quais R$ 47 foram pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Há casos de pacientes que ficam internados mais de um ano", lembra Batista.

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