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Produtores rurais brasileiros radicados no Paraguai ameaçam bloquear a partir de hoje as principais rodovias do estado de Alto Paraná, na fronteira com o Brasil. Desde segunda-feira pa­­rados nas margens das estradas do país vizinho, os agri­­cultores exigem o fim das invasões de ter­­ra e a garantia de que não terão mais as proprieda­­des questionadas na Justiça. No fi­­nal da tarde de ontem, o protesto, ainda concentrado em três estados, já se estendia por mais de 35 quilômetros nas vias de acesso às regiões agrícolas que mais produzem no Paraguai.

A manifestação teve como estopim a ambiguidade de ordens judiciais envolvendo a desocupação das terras do catarinense Tranquilo Favero, em Ñacunday, a cerca de 90 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu. "A saída dos sem-terra da propriedade não é garantia de que o problema está resolvido. Vamos esperar até 10 horas desta sexta-feira [hoje] para que entreguem a ata assinada da decisão de reintegração de posse. Se não, vamos bloquear as estradas", anunciou o diretor regional da Coordenadora Agrícola do Paraguai (CAP), Adir Lui.

De acordo com o líder ruralista, outra frente questiona o tamanho das propriedades registradas em nome de brasileiros. "Somente em Alto Paraná, perto de 350 mil hectares estariam ameaçados", calculou. "Se não conseguem toda a terra, tentam de forma fraudulenta e com medições forjadas se apropriar de supostos excedentes", disse Lui. O estado abriga cerca de 6 mil agricultores brasileiros que imigraram para o país no início da década de 1970.

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