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Os agricultores brasileiros radicados no Paraguai suspenderam ontem o tratoraço iniciado na última quarta-feira. De acordo com os brasiguaios, apesar da desmobilização, as manifestações em protesto às invasões em massa de propriedades rurais produtivas na região de Santa Rita e Ñacunday, no estado de Alto Paraná, podem ser retomadas a qualquer instante e por tempo indeterminado caso os sem-terra paraguaios voltem a ameaçar e a agredir os produtores.

A decisão foi tomada durante a assembleia geral que tinha como pauta avaliar o resultado das reivindicações que vinham sendo feitas desde o início da semana quando um agricultor chegou a ser atacado por um grupo de sem-terra armados com paus, pedras e facões. Os campesinos, como são chamados, haviam sido retirados da propriedade do brasileiro Ademir Rickli uma semana antes da emboscada. Eles permanecem acampados às margens da fazenda, na região de San Rafael del Paraná, norte de Itapúa.

Outra exigência para o fim dos protestos era o cumprimento da desocupação das terras do grupo brasileiro Favero, em Ñacunday, a cerca de 90 quilômetros de Foz do Iguaçu. "Conseguimos que a ordem judicial fosse respeitada e a desocupação concluída. A pressão também evitou que outra propriedade a cinco quilômetros dali fosse invadida", comemorou o agricultor Celso Matei. Os manifestantes prometiam bloquear as principais rodovias dos três estados que fazem fronteira com o Brasil.

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