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O Brasil cumpriu dois dos oito Objetivos do Milênio (ODM) das Nações Unidas (ONU) antes de 2015, a data fixada: redução da mortalidade de crianças e redução da fome e da miséria.

Conforme um balanço apresentado nesta sexta-feira (23) pelo governo federal, os indicadores de mortalidade de crianças foram reduzidos em dois terços com relação aos níveis de 1990. O país bateu a meta quatro anos antes do previsto, ao passar de 53,7 mortes por cada mil crianças nascidas, em 1990, para 17,7, em 2011, de acordo com o Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O estudo mostrou que a redução mais intensa das mortes de crianças aconteceu na faixa de idade entre um e quatro anos graças aos incentivos para a alimentação materna e a vários programas de saúde.

"Porém, o nível de mortalidade ainda é elevado. Por essa razão, muita ênfase tem sido dada às políticas, aos programas e às ações que contribuem para a redução da mortalidade na infância", afirmou a presidente Dilma Rousseff.

Já na meta da redução da pobreza extrema e a fome, o objetivo era a redução à metade. O resultado é que o nível de pobreza extrema alcançou 3,6%, mais de dez pontos percentuais abaixo que em 1990, quando 13,4% da população vivia com menos de R$70 por mês, considerado o limite de extrema pobreza para a ONU.

"Já atingimos há alguns anos a meta de redução da extrema pobreza. Com isso, estamos próximos da superação", disse o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri.

O documento, no entanto, assinala que o Brasil, assim como os outros países, dificilmente conseguirá o objetivo de diminuir em um quarto a mortalidade materna, como está fixado. O número de mortes maternas por cada 100 mil nascimentos passou de 143, em 1990, para 63,9 em 2011, mas para chegar à meta seria necessário reduzir os óbitos a 35.

"No Brasil, um fator que dificulta a redução da mortalidade materna é o elevado número de cesarianas. O percentual desse tipo de parto tem se mantido em patamares muito altos e com tendência de crescimento em todas as regiões", aponta o relatório.

Com relação aos demais objetivos, as perspectivas do estudo são positivas, e o Brasil acredita que as metas serão cumpridas até 2015.

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