As metas do Brasil para redução de emissões de gases estufa anunciadas no domingo (27) pela presidente Dilma Rousseff são mais ambiciosas que as da maioria dos países emergentes, mas ficam abaixo da parcela global de emissões atuais do Brasil. A promessa de redução de emissões em 27% até 2025 e em 43% até 2030 também são consideradas tímidas em relação ao que o país já fez e tem colocado em curso (leia mais nesta página).
A organização ambiental World Resources Institute (WRI) estima que as emissões do Brasil diminuíram 36% entre 2005 e 2011. Com o anúncio da nova meta para a próxima década – de redução na casa de 27% –, o país sinaliza que esse ritmo vai diminuir.
A decisão, porém, é coerente com a posição política brasileira de que os cortes dos países em desenvolvimento devem ser menores dos que os feitos pelas economias mais industrializadas.
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“O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB [Produto Interno Bruto] do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, afirmou Dilma.
O anúncio foi feito pela presidente em discurso na Conferência da ONU para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em Nova York. Cerca de 60 países já divulgaram suas metas para reduzir a produção de gases do efeito estufa – entre eles China, Estados Unidos, União Europeia, Japão e Rússia, responsáveis por 66% das emissões mundiais.
Em seu discurso, preparado a fim de criar uma agenda positiva em meio à crise política e econômica que enfrenta, a presidente destacou as políticas sociais do governo. Ela também voltou a prometer a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares até 2030 e o fim do desmatamento ilegal, o já havia feito em 2009. Também prometeu a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares de lavoura, pecuária e florestas.
Após o discurso, em entrevista coletiva, Dilma admitiu que o país vai cortar menos emissões de gases estufa do que tem cortado até agora. Ela afirmou, porém, que esse movimento é necessário para manter o crescimento econômico.
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