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Maringá

Dois professores de Maringá, no Norte do Paraná, ainda sofrem com as dores causadas pela febre chikungunya. Eles foram ao Haiti em viagem missionária, em maio, e permaneceram no país por 7 dias.

Em passagem por um orfanato, o professor de 34 anos e a mulher, de 33 anos, encontraram jovens e crianças com os sintomas da febre chikungunya. Na volta, se consultaram com um médico particular e, logo após o resultado dos exames, 10 dias após os sintomas, foram aconselhados a procurar a Secretaria Municipal de Saúde. "Já tem quase dois meses, mas ainda sentimos muita dor. Levantar da cama é um tormento, ainda mais para mim que já sofro com reumatismo."

A atenção do Ministério da Saúde tem se voltado nos últimos dois meses para a febre chikungunya. O vírus, parecido com o da dengue, também é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti e pelo Aedes albopictus (principais vetores), e já acometeu 20 pessoas no Brasil, de maio até ontem, conforme o último levantamento do Ministério da Saúde. Dois casos foram confirmados no Paraná.

De acordo com o órgão, todos os pacientes foram infectados fora do país – 19 no Haiti e um na República Dominicana, e apresentaram o quadro leve da doença. No entanto, o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), Sezifredo Paz, alerta que é preciso atenção para que a doença não seja introduzida na América do Sul.

"Nos primeiros anos, acredito que os casos se mantenham como importados, mas se tivermos registros repetidamente, o vírus pode ser disseminado por aqui, assim como aconteceu com a dengue. Por isso, reforçamos o apelo para o controle do mosquito transmissor."

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus foi identificado em 19 países desde 2004. Porém, só no fim de 2013 foi registrada transmissão autóctone, ou seja, dentro do mesmo território, em vários países do Caribe e, só em março de 2014, na República Dominicana, até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.

Os sintomas

Os primeiros sintomas da febre chikungunya podem facilmente ser confundidos com os da dengue. Febre alta, dor de cabeça, náuseas e dores musculares, mas, segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, a evolução é mais dolorosa, com dores nas articulações que podem se estender por meses e até anos, tornando-se crônicas, dependendo do caso.

Letalidade

O secretário destaca que a letalidade da dengue em comparação com a febre é muito maior, e que a grande preocupação é realmente com as fortes dores que podem perdurar. Até o momento, não existe tratamento indicado, tampouco uma vacina que previna a doença.

Assim como a dengue, a recomendação é para que o paciente procure ajuda médica logo nos primeiros sintomas, para que seja feita a identificação do vírus por meio de exames laboratoriais. Repouso, hidratação e o uso de analgésicos com receita médica ainda são as únicas maneiras de diminuir os desconfortos causados pela picada do inseto.

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