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São Paulo - O sucesso do tratamento do câncer de mama está ligado à rapidez com que a mulher consegue iniciá-lo. No Brasil, entretanto, não há definição de um intervalo máximo de tempo entre a realização da mamografia e o início do tratamento, segundo o primeiro relatório realizado pelo Sistema de Informação do Câncer de Mama, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O levantamento foi feito com base em 928 mil exames realizados entre junho de 2009 e março deste ano, em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Segundo o documento, o tempo entre a solicitação da mamografia e o resultado é de um mês em 33% dos exames realizados e de 31 a 60 dias em outros 17%. A União Europeia recomenda intervalo de no máximo 35 dias. O Inca estima que em 2010 haverá 49.210 novos casos da doença no país.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ricardo Chagas, avalia que há problemas para diagnosticar casos da doença na rede pública de saúde. "Quando a mulher consegue fazer a mamografia, o problema maior é na comprovação do diagnóstico. O paciente só é encaminhado para o tratamento quando é feita a biópsia, mas as pessoas têm dificuldade em fazê-la nos hospitais públicos."

Um banco de dados criado em 2009 faz o mapeamento nacional das mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele identifica a distribuição das mamografias, a indicação clínica e mensura o tempo de realização de exames. "É uma ferramenta essencial para o planejamento das ações de controle de câncer de mama e permite aos gestores de saúde identificar problemas e intervir’’, afirma o presidente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antônio Santini.

O Inca recomenda que a mamografia seja feita de dois em dois anos, por mulheres com idade a partir de 50 anos. Quando há suspeita ou caso de câncer na família, o exame pode ser feito até uma vez ao ano. Segundo o Ministério da Saúde, são realizadas por ano 3 milhões de mamografias no país. A meta é chegar a 4,4 milhões de exames até 2011.

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