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Caruaru – O candidato do PSDB à Presidência, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ironizou ontem a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que "em time que está ganhando a gente não mexe". A frase foi dita quando o presidente confirmou a "dobradinha" de 2002 nas eleições de outubro, com o vice-presidente José Alencar.

"Em 2005, o Brasil não ganhou. Ficou na lanterna do crescimento, superando apenas o Haiti (país caribenho em guerra civil) na América Latina", afirmou ele, em Caruaru (PE), junto do ex-governador e candidato a senador Jarbas Vasconcelos. A afirmação de que o Brasil teve um baixo crescimento econômico nos últimos anos é uma crítica recorrente dos tucanos à gestão Lula e deve ser uma das "bandeiras" de Alckmin no horário eleitoral.

Alckmin também acusou o presidente de transformar o Palácio do Planalto em comitê eleitoral e advertiu que o seu partido, a sociedade e a justiça eleitoral não vão tolerar abusos e o uso indevido da máquina pública na campanha. O tucano avisou que a fiscalização será "severa". "Essa mistura entre público e privado é uma coisa atrasada na política. É preciso fazer essa separação", afirmou.

Na avaliação do tucano, Lula não conseguiu fazer essa distinção ao longo de seu governo. "Não tenha dúvida disso. O que aconteceu no Brasil neste um ano e meio foi exatamente por conta dessa mistura indevida entre partido e governo", disse, referindo-se ao escândalo do mensalão e o suposto envolvimento do Planalto e de ministros do governo em denúncias de corrupção.

Para Alckmin, como candidato oficial o presidente será obrigado a cumprir a lei eleitoral e evitar o uso abusivo do cargo.

"O que a gente viu neste período aí foi campanha pura que não pode ser custeada de forma direta ou indireta pelo governo", completou.

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