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Genebra (AE) – O governo brasileiro realizará nesta semana a primeira simulação no país de um surto de gripe aviária entre seres humanos. O Ministério da Saúde coordenará o exercício, o primeiro de uma série de testes que o governo fará a fim de preparar o país para uma eventual pandemia. "O Brasil não está na rota de migração de aves da Ásia, mas temos de nos preparar", afirma Jarbas Vasconcelos, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Pela simulação, duas pessoas com sintomas da gripe aviária chegam ao país vindas da Ásia – uma pelo aeroporto internacional de São Paulo e outra por Brasília. Não haverá, neste primeiro teste, deslocamento dos casos suspeitos para hospitais. O objetivo é apenas testar como funcionará a comunicação entre os diferentes órgãos do governo, como a informação será tratada e com qual velocidade os técnicos darão uma resposta sobre o que fazer.

Por enquanto não haverá simulações com aves, porque o Ministério da Agricultura ainda precisa de um aval de organizações internacionais. Isso porque entidades como a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) receiam que surtos acabem sendo camuflados como simulações.

A OMS e a ONU também estão interessadas em uma avaliação da segurança das exportações de frango do Brasil. David Nabarro, representante da ONU para o monitoramento da epidemia, afirmou que irá iniciar contatos com avícolas do país que fornecem ao mercado internacional.

A Roche já começou sua entrega do medicamento Tamiflu ao Brasil. A empresa suíça havia indicado que disponibilizaria 9 milhões de tratamentos até 2007, mas antecipou as entregas e informou que todo a encomenda poderá estar com o Ministério da Saúde em 2006.

Mas agora é o governo que não quer que toda a entrega ocorra neste ano. O plano do é deixar cerca de 10% da compra, avaliada em R$ 180 milhões, para 2007. Isso permitiria que os recursos para pagar a empresa farmacêutica fossem incluídos no orçamento de 2007, desafogando o de 2006.

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