Rio de Janeiro O consulado dos EUA no Rio de Janeiro não remunera os funcionários brasileiros com o adicional de periculosidade pago aos empregados americanos, acusa ação que tramita na Justiça do Trabalho do Estado do Rio. Segundo a ação, impetrada por uma funcionária demitida após 13 anos de serviço, o chamado "danger pay foi instituído a partir de 2001.
Seria uma verba de 25% sobre o valor do salário paga mensalmente a funcionários em razão do risco de trabalhar em missões diplomáticas, alvos potenciais de atos terroristas. A analista de sistema Lúcia de Fátima Santos Castro, 43, conta que, à época do 11 de Setembro, os funcionários brasileiros chegaram a comentar que não estavam recebendo a remuneração extra. "Quando começaram os atentados terroristas, os funcionários americanos gritaram e conseguiram o adicional, disse.
Contratada em abril de 1991, Castro foi demitida em março de 2004, quando ocupava a função de gerente de sistemas e recebia em torno de R$ 4 mil mensais. Na petição, os advogados pedem à Justiça do Trabalho que a cliente seja indenizada com o pagamento total do "danger pay até a demissão, mais sua incidência sobre as férias, 13.º salário e fundo de garantia.
Também está sendo requerida à Justiça a indenização por danos morais, sob a alegação de que a demissão da analista ocorreu sem justa causa e com humilhação. Na petição, a dispensa foi definida como "arbitrária e vexaminosa.
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