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Brasília – As mulheres que migraram para trabalhar na indústria do sexo na Europa compartilham das mesmas características socioeconômicas das que são deportadas e retornam ao Brasil pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A constatação é da pesquisa "Indícios de tráfico de pessoas no universo de deportadas e não admitidas que regressam ao Brasil via o aeroporto de Guarulhos", realizada em março e abril de 2005 a pedido do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (Unodc).

A constatação permite concluir que parte das mulheres brasileiras deportadas ou não admitidas na Europa são vítimas de tráfico internacional com fins de exploração sexual.

Segundo a pesquisa, 25% das 175 mulheres entrevistadas que foram deportadas afirmaram que ofereceram serviços sexuais na Europa. O discurso das mulheres faz referência a redes criminosas organizadas, organizações que oferecem viagens a mulheres que acabam trabalhando na prostituição.

"Várias fazem questão de denunciar esse tratamento às autoridades do Brasil. Com razão, pois motivo nenhum justifica os maus tratos a que são submetidas nos aeroportos dos países do Primeiro Mundo", diz a pesquisa do Unodc.

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