Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares
Sérgio Camargo está impedido de fazer nomeações, afastamentos ou exonerações desde o dia 11 de outubro.| Foto: Reprodução/Facebook

Nova decisão do juiz Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou nesta sexta-feira (22) que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, apague das suas redes sociais postagens críticas à decisão de 11 de outubro que limitou seus atos na gestão de pessoal da entidade. Camargo está impedido de promover nomeações, exonerações ou afastamentos, em decisão posteriormente mantida pelo TRT da 10ª Região. A informação é do portal G1.

O afastamento foi definido após ação movida pelo Ministério Público do Trabalho por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da fundação, mas atendeu apenas parcialmente pedido do MPT, que solicitava o afastamento de Camargo da presidência da Palmares.

Por meio das redes, Camargo classificara a decisão como "absurda intervenção" e negou acusações. Agora, a Justiça determinou a retirada dos posts contrários ao afastamento. Manifestações, nos perfis da Fundação Palmares ou de Camargo, em desfavor de trabalhadores, ex-trabalhadores, testemunhas da ação, representantes da Justiça e da imprensa já haviam sido proibidas na decisão original.

Além da determinação pela exclusão dos conteúdos, o juiz cobrou ainda esclarecimentos sobre uma postagem que já foi apagada por Camargo. Nela, o presidente da fundação fazia alusão a tortura, de modo irônico segundo afirmou ele após críticas. A Justiça quer saber se aquela postagem "constitui confissão pública de coação moral (e/ou física) e de continuidade das práticas imputadas pelo autor mesmo após a concessão da tutela inibitória".