A médica Nise Yamaguchi, em depoimento à CPI da Covid. Ela foi uma das mulheres citadas na nota de repúdio do MMFDH.| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), emitiu uma nota de repúdio contra os episódios de discriminação contra a mulher, ocorridos durante a CPI da Covid-19 no Senado. A nota cita especificamente os depoimentos da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, e da médica Nise Yamaguchi.

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No texto, são citados os inúmeros memes e comentários ofensivos postados nas redes sociais durante e após os depoimentos das mulheres na CPI da Covid. Essas postagens, diz a nota, estariam “reforçando uma cultura de ódio e de agressão às mulheres”. Além disso, o documento reforça que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo e que todos os pequenos atos de violência contra as mulheres ajudam a alimentar uma cultura violenta. Na sequência, a nota faz um apelo aos senadores e internautas pelo fim de qualquer tipo de violência contra as mulheres para que elas possam ser tratadas com dignidade em todos os ambientes.

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“O Brasil não pode tolerar que a violência contra as mulheres seja praticada sob o disfarce do humor, ou por arroubos político-partidários. A liberdade de expressão não pode ser confundida com a permissão para prática de ofensas, para calar uma mulher ou desqualificá-la”, diz o texto assinado por Cristiane Britto, titular da SNPM.