Proposta foi apresentada pelo senador Paulo Paim, do PT, após a morte de João Alberto Silveira Freitas
Proposta foi apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) após a morte de João Alberto Silveira Freitas| Foto: Pedro França / Agência Senado

O Senado aprovou, na quinta-feira (10), o projeto que pune agentes públicos e profissionais de segurança por abordagens "motivadas por preconceito". A proposta foi apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) após a morte de João Alberto Silveira Freitas, que foi espancado em um supermercado Carrefour, em Porto Alegre, em 19 de novembro. Se aprovada na Câmara, a proposta dependerá ainda de sanção do presidente Jair Bolsonaro.

A proposta proíbe a atuação de agentes públicos, civis ou militares, motivada por discriminação ou preconceito de qualquer natureza, notadamente de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero ou orientação sexual. O dispositivo alcança desde ações relacionadas à segurança pública até inspeções e vistorias.

Atualmente, o Código Penal prevê detenção de seis meses a três anos para um agente público que praticar violência no exercício da função, além da pena correspondente à violência em si. O projeto do Senado, que seguirá para a Câmara, aumenta a pena em 50% se o crime tiver motivação por discriminação ou preconceito. A proposta coloca a mesma punição na Lei de Crimes Raciais e também na Lei de Abuso de Autoridade, voltada a policiais, promotores e outras autoridades.