Relatório aponta que mais da metade da população estudantil mundial ainda enfrenta interrupções significativas em sua educação.| Foto: AFP
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Um relatório divulgado neste domingo (24) pela Unesco, agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), apontou que globalmente as escolas ficaram fechadas durante 2/3 do ano letivo de 2020 em decorrência da pandemia da Covid-19.

A duração dos fechamentos varia muito por região – a média é de 20 semanas de fechamentos em todo o país na América Latina e no Caribe, por exemplo, 10 semanas na Europa e apenas um mês na Oceania. O Brasil está entre os países com o período mais prolongado de fechamento das escolas (40 semanas), ao lado de países como Argentina, Moçambique e Etiópia.

O estudo mostra, ainda, que um ano após o início da pandemia da Covid-19, aproximadamente 800 milhões de alunos (mais da metade da população estudantil mundial) ainda enfrentam interrupções significativas em sua educação, que vão desde o fechamento de escolas em 31 países até redução do número de alunos ou programações em períodos reduzidos em outros 48 países. Atualmente as escolas estão totalmente abertas em 101 países.

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“O fechamento prolongado e repetido de instituições de ensino está causando um impacto psicossocial crescente nos alunos, aumentando as perdas de aprendizagem e o risco de abandono escolar, afetando desproporcionalmente os mais vulneráveis. O fechamento total das escolas deve, portanto, ser o último recurso e reabri-las com segurança deve ser uma prioridade”, destaca Audrey Azoulay, diretora geral da Unesco.