Imagem ilustrativa.| Foto: Bigstok / California
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A ex-vereadora Soninha Francine (Cidadania, ex-PT), que acaba de assumir a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da capital paulista, afirmou que pretende criar campings, em espaços para 30 barracas, para acomodar moradores em situação de rua. O projeto é antigo, de 2017, foi apresentado ao então prefeito João Doria (PSDB), mas não chegou a ser implantado.

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"Não é uma novidade, não é uma ideia atrevida da minha cabeça, é um demanda que vem de diversos movimentos da população em situação de rua. É mais um modelo de acolhimento emergencial, não é substituição. Também temos a visão a médio prazo de substituir os albergues gigantes por repúblicas. A população de rua tem características diferentes. Onde a pessoa vai parar a carroça dela? Precisamos pensar em tudo isso", disse Soninha ao Estadão.

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A ideia da secretária é colocar em cada "camping" espaço para banheiro, chuveiro, lavanderia e mesas para refeições. Os locais também receberiam a visita de profissionais de saúde e assistência social.

A iniciativa tem sido criticada por especialistas. O receio é que os campings mantenham as pessoas nas ruas, em vulnerabilidade, ao invés de abrir caminho para melhores condições de vida. O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, afirmou à Folha de S. Paulo que o projeto é "simplista e inadequado". Para ele, a forma mais correta de lidar com essa população seria aumentar a extensão de projetos já existentes de leitos em redes hoteleiras ou de moradias provisórias e definitivas.

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