O presidente da Republica em exercicio, Dias Toffoli, durante entrevista coletiva, no Palacio do Planalto. (O presidente da Republica em exercicio, Dias Toffoli, durante entrevista coletiva, no Palacio do Planalto., ASCII, 110 components, 110 by
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou pedido de destaque no julgamento virtual da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 777. A Corte vai decidir se são constitucionais as cerca de 300 portarias do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) que anularam indenizações que tinham sido concedidas a cabos da Força Aérea Brasileira (FAB). Eles foram dispensados durante a ditadura militar por questões administrativas, mas o caso recebeu o enquadramento de perseguição política em 2002.

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Com o pedido de Toffoli, a análise da ADPF 777 saiu do plenário virtual. O julgamento agora deve ser realizado presencialmente pelos ministros, mas ainda não foi marcada a nova data. No plenário virtual, a ministra Cármen Lúcia, relatora da ADPF 777, já tinha votado pela inconstitucionalidade das portarias. O julgamento será reiniciado presencialmente, mas, dificilmente, deve ocorrer mudança de entendimento por parte da relatora.

Em seu voto, a ministra do STF afirmou que  “a expedição de mais de trezentas portarias pela Ministra de Estado do Ministério da Mulher, da Família e dos direitos Humanos, de forma generalizada e sem a devida individualização da situação específica de cada anistiado, contraria a segurança jurídica, o contraditório e a ampla defesa, em evidente ofensa à decisão proferida por esse Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário n. 817.338”, disse a relatora.