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A briga que resultou na morte da aposentada Rosa Maria Leite Alves, de 56 anos, após uma festa de casamento em Santo André, no ABC, começou após o furto de moedas de dentro de alguns carros de convidados da festa, segundo um familiar da vítima. Duas cerimônias eram realizadas no bufê. Rosa estava em uma das festas, a de sua sobrinha. O noivo da outra festa, de 29 anos, é o principal suspeito de ter matado a mulher. Ele foi preso por homicídio doloso e lesão corporal.

A confusão começou quando o filho da vítima, Leonardo Alves, foi questionar os funcionários do serviço de estacionamento sobre o sumiço de moedas que estavam em seu carro. "Eu saí uma meia hora antes e notei que estava faltando dinheiro, uns R$ 8 em moedas. Eles limparam tudo. Como meu cunhado tem GPS, liguei para ele para alertar [sobre o risco de furto do equipamento]. Ele sentiu falta de dinheiro também, e foi questionar. Foi quando ele foi abordado pelo outro noivo", contou o comerciante Romeu Nascimento dos Santos, de 41 anos, genro de Rosa e cunhado de Leonardo.

Leonardo tentou voltar para o carro e ir embora, mas foi agarrado e agredido com uma cabeçada, socos e pontapés. Segundo testemunhas, as agressões foram feitas também por outras pessoas, que ajudaram o noivo da outra festa. Rosa tentou ajudá-lo, mas também foi agredida, assim como seu marido, Nilson, e a namorada de Leonardo, além de outros dois convidados da festa.

"Jogaram minha irmã atrás do carro. O cara, não satisfeito, entrou no carro do meu sobrinho, deu marcha a ré duas vezes e prendeu minha irmã no outro veículo. Ele ainda deu uma volta com o carro, depois parou próximo, desceu e chutou minha irmã. Aí a noiva dele, que estava em outro carro, pegou o volante e foi para casa com ele", contou José Barbosa, irmão da vítima.

Horas depois do crime, policiais foram até a casa do agressor e o encontraram dormindo. Ele foi preso e disse na delegacia que não se lembrava de nada. Entretanto, foi reconhecido por três testemunhas.Tragédia

A sobrinha de Rosa, a administradora Ana Paula Moraes Giusti, de 28 anos, e seu marido, o analista de sistemas Rafael Vinícius Giusti, de 31 anos, estavam se despedindo dos últimos convidados de sua festa de casamento quando souberam da confusão. "O Leonardo e o tio dela entraram, em momentos diferentes, com o rosto todo vermelho, sangrando, o tio com o olho bastante machucado. Ela me segurou para não sair", contou Giusti. "Eles já informaram que ela [Rosa] estava machucada, ela começou a ser reavivada pela minha sobrinha, que é enfermeira, até que a ambulância chegasse", disse Ana Paula.

Os dois preferiram ficar do lado de dentro do salão, e foram recebendo notícias do lado de fora. "A gente não sabia se já tinha acabado, se ainda estava tendo briga, e já tinham chamado a polícia. A gente aguardou para ter uma ordem nisso tudo, estava tudo muito confuso. A namorada do meu primo Leonardo também foi agredida. Duas mulheres, então, foram agredidas, tamanha a covardia. Não tem explicação, é uma brutalidade", contou a administradora.

Ela acredita que o noivo da outra festa possa ter se incomodado com uma possível discussão entre seu primo e os funcionários do estacionamento. "Talvez ele tenha se sentido ofendido, porque isso aconteceu na frente do lugar onde estava tendo o casamento dele. E aí ele partiu para agressão e houve toda essa brutalidade. Mas nada justifica."

Eles tiveram de cancelar a lua-de-mel para Buenos Aires por causa da morte. "São dois momentos muito opostos e muito separados. O casamento ocorreu tudo bem, foi tudo perfeito. Já tinha acabado o casamento. A minha tia também estava muito feliz, desejou toda a felicidade para a gente, ela se divertiu muito, isso foi uma coisa boa que ficou. Ela teve momentos de alegria. Foi uma infeliz coincidência de ter sido após o casamento", contou Ana Paula.

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