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Cascavel – Uma briga entre presos no minipresídio de Cascavel, ontem à tarde, terminou com a morte de um detento. Éderson Miguel Ribeiro, 19 anos, levou 14 golpes de estoque (faca improvisada), 11 deles nas costas. O delegado-chefe da 15.ª Subdivisão Policial (SDP), Amadeu Trevisan Araújo, disse que pretende convocar as pastorais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para diminuir a tensão na cadeia, que está superlotada.

O confronto teve início por volta das 13h30, quando os presos de uma das celas começaram uma briga. Éderson, recém-chegado à carceragem, acabou levando a pior. Uma equipe do Siate ainda tentou salvá-lo, mas ele morreu a caminho do hospital. Éderson fora preso no domingo, acusado de furto e roubo. De acordo com a Polícia Civil, ele já tinha outras passagens pelo mesmo crime.

O autor do homicídio seria Nilson dos Santos, 20 anos, condenado recentemente a 29 anos de prisão por latrocínio. O chefe da carceragem da 15.ª SDP, Rubens Pereira da Silva, afirmou que o motivo da briga seria uma rixa entre a vítima e o latrocida. O delegado Trevisan abriu inquérito policial para apurar o caso. Para ele, a superlotação da cadeia pode ter contribuído também para o homicídio, o primeiro este ano no minipresídio. No ano passado foram três.

O prédio abrigava ontem à tarde 434 presos, quando a capacidade é para apenas 140 vagas. O delegado afirmou que o problema só será solucionado com a entrada em operação da Casa de Custódia. A obra está em andamento ao lado da Penitenciária Industrial de Cascavel. A Casa de Custódia terá capacidade para abrigar cerca de 900 presos e deverá ser inaugurada até o fim do ano. Até lá, o delegado acredita que o trabalho pastoral e da OAB podem ajudar a diminuir a tensão no local.

Toledo

A 20.ª SDP, em Toledo, registrou no último domingo a sua terceira rebelião neste ano. Um grupo de detentos tentou render um dos funcionários da carceragem, mas ele reagiu, chamando a atenção de outros policiais civis que estavam de plantão à noite. Eles dispararam tiros de escopetas, fazendo com os amotinados recuassem e libertassem o funcionário, que saiu levemente ferido. O delegado-chefe da 20.ª SDP, Alexandre Macorin, teme outras rebeliões por causa da superlotação no local.

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