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São Paulo – Mais tradicional dos fabricantes do setor no país, a Brinquedos Estrela chega aos 70 anos importando da China metade de tudo o que vende para manter-se competitiva. O desenvolvimento de fornecedores no país de seus maiores concorrentes foi estratégico para que a empresa superasse uma das fases mais difíceis de sua longa trajetória.

Após perder receitas e amargar prejuízos na primeira metade da década, em 2006 a empresa conseguiu elevar em 40% o faturamento, para R$ 73 milhões, dos quais 30% dos importados, e lucrou R$ 1 milhão. "Na verdade, estamos recuperando o que havíamos perdido", diz o presidente e controlador da Estrela, Carlos Tilkian, que espera uma nova expansão, deste vez de 35%, nas vendas neste ano.

Projeções da Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq) apontam para um crescimento do mercado nacional entre 6% e 8% sobre 2006, ano em que o setor movimentou R$ 1,1 bilhão. Se aposta num avanço bem maior que a média do setor em suas vendas, a participação dos importados no mix da Estrela está alinhada com a fatia de 40% que esses itens deverão abocanhar no mercado em 2007.

Synésio Batista Costa, presidente da Abrinq, observa que a alternativa de combinar linhas de produtos com itens nacionais e importados não é viável para a maioria dos 318 fabricantes do setor no país. Apenas as empresas de maior porte têm meios para valer-se disso.

Na verdade, a Estrela começa a colher os frutos de uma difícil travessia. Sem ter como recuperar as exportações perdidas no período da paridade do real com o dólar, e com o mercado interno desaquecido, em 2003, Tilkian deu a partida na reestruturação na empresa. Os fornecedores chineses só começaram a ser prospectados pela Estrela em 2004. Hoje, Tilkian conta que vai duas vezes por ano à China e envia técnicos ao Oriente até quatro vezes em um ano para acompanhar o processo de produção de suas encomendas.

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