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São Mateus do Sul – Um buraco de 50 centímetros na cabeceira de uma ponte de 12 metros, sobre um braço do Rio Iguaçu, forçou a interdição da PR-476, no trecho entre São Mateus do Sul e Lapa, na região metropolitana de Curitiba. A avaliação do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) foi de que com as chuvas dos últimos dias, o buraco poderia comprometer a estrutura da ponte e causar o desabamento. Engenheiros do DER estiveram ontem no local e constataram que material de aterro que sustenta a ponte está escorrendo para o rio. A passagem foi interditada anteontem e permanecerá assim por tempo indeterminado.

Enquanto isso, o tráfego diário de 4,5 mil veículos está sendo desviado por Palmeira. O novo traçado aumenta a viagem entre Lapa e São Mateus do Sul em 55 quilômetros (veja quadro). Além disso, amplia o custo em mais R$ 4,10, para veículos pequenos, e R$ 3,90 – por eixo – para caminhões, com o pagamento de pedágio na BR-277, em Palmeira.

O incômodo causado pela interdição forçou uma atitude da prefeitura de São Mateus do Sul. Ontem, logo após a vistoria dos engenheiros do DER, que mantiveram a interdição e alertaram sobre os riscos, um caminhão e um trator da prefeitura começaram os trabalhos para tapar o buraco. Para o engenheiro do DER, Romildo Prevedero, a solução não é tão simples assim. "Tapar o buraco é uma medida apenas paliativa. Pode durar 15 dias, uma semana, poucos dias", afirmou. Segundo ele, é necessário um trabalho de contenção. Somente depois disso é que se pode tapar o buraco.

A ponte também sofre com questões burocráticas. Uma interpretação diferenciada sobre o dever de manutenção de uma rodovia federal coloca em divergência o DER, órgão estadual, e o Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit), órgão federal. O estado entende que a responsabilidade pela manutenção é do Dnit. Já o governo federal argumenta que o trabalho deve ser feito pelo DER. A divergência é causada pela Medida Provisória 82, editada em 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que transferia a responsabilidade das estradas federais para o governo estadual. No entanto, a MP foi vetada pelo presidente Lula e, conseqüentemente, perdeu a validade, na avaliação da Procuradoria-Geral da União.

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