Em fevereiro deste ano, o governo federal lançou algumas iniciativas de capacitação para agentes especializados no atendimento a usuários de crack. Em todo país, 49 universidades públicas deveriam oferecer cursos de formação e extensão nas áreas de assistência social e saúde específicos para tratamento de dependentes químicos. No entanto, as quatro universidades selecionadas no Paraná ainda não conseguiram colocar em prática o projeto estão inseridas no programa a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual do Oeste (Unioeste).
Dupla remuneração
A burocracia é responsável por travar o andamento dos projetos em todo o estado. Segundo a coordenadora do programa na UEPG, Lara Simões Floriano, por ser um estabelecimento estadual a lei não permite que o Estado remunere funcionários públicos para outras funções. "A maioria dos profissionais que pode fazer essa capacitação já é estatutária e não pode ter outra remuneração segundo a legislação", explica. Essa realidade é vivida por outras instituições, como confirma uma das responsáveis pelo projeto da UEM, Maricelma Pregola.
Segundo o governo federal, cada universidade deveria oferecer um pacote de quatro cursos para formar 300 profissionais. As universidades beneficiadas com o programa têm um orçamento total de R$ 300 mil para efetuar a capacitação. Ontem, o governo federal anunciou, no novo programa de combate ao crack, que a medida será ampliada para 65 universidades.
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