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Brasília - Quase cinco meses depois da queda, no Oceano Atlântico, do Airbus 330 que fazia o voo 447 da Air France, as autoridades francesas ainda não sabem o que causou o acidente que matou 228 pessoas de 32 nacionalidades. A caixa-preta do avião ainda não foi localizada e ontem o representante da Agência de Investigações e Análises da França, Paul-Louis Arslanian, disse aos deputados da Comissão de Viação e Transportes da Câmara que as buscas pelo equipamento serão retomadas em 2010. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com Arslanian, apesar da ausência, até o momento, de elementos que pos­­sam determinar a causa da queda do avião que seguia do Rio de Janeiro para Paris, um novo relatório deve ser publicado ainda este ano, com as informações preliminares. Ainda segundo Arslanian, o acidente e a dificuldade de recuperar a caixa-preta levaram as autoridades francesas a discutir a possibilidade de o aparelho passar a transmitir as informações de voo em tempo real, e não apenas registrá-las como ocorre atualmente.

Durante a audiência, Yannick Malinge, representante da empresa fabricante do avião, a francesa Airbus, expôs algumas das providências adotadas após 31 de maio, como a substituição dos sensores de velocidades (os chamados pitots) dos modelos A330 e A340 e a comunicação dos pedidos de manutenção ainda durante o voo.

Além do diretor do De­­par­­tamento de Controle do Es­­paço Aéreo (Decea), tenente Ra­­mon Borges Cardoso, também participaram da audiência o presidente da Associação dos Pa­­rentes das Vítimas do voo 447, Nelson Faria Marinho; o pre­­sidente do Sindicato Na­­cional das Empresas Aéreas (Snea), José Márcio Mollo e Paulo de Tarso Gonçalves Júnior, do Sin­­dicato Nacional dos Aero­­viários, que disse que faltam mecânicos, engenheiros e pilotos para atuar no setor aéreo e que os que estão trabalhando devem receber um treinamento constante para estarem aptos a trabalhar com a crescente automação dos aviões.

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