Bye, bye

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José Dirceu anunciará hoje, na entrevista coletiva que convocou para comentar o resultado do julgamento da denúncia do mensalão pelo STF, que desistiu de tentar reverter a cassação de seu mandato de deputado, que o tornou inelegível. Dirceu dirá que não levará adiante a campanha pela anistia enquanto durar o processo penal, no qual responderá pelas acusações de formação de quadrilha e corrupção ativa. A decisão torna o ex-ministro da Casa Civil carta fora do baralho para qualquer cargo eletivo em 2010 – o processo deve se arrastar por no mínimo dois anos e meio. O prazo final para que candidatos obtenham registro de candidaturas é de um ano antes das eleições.

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Ser... – Enquanto tenta escantear o mensalão de seu congresso, que começa amanhã em SP, a direção petista discute como documentar que o partido não abrirá mão de candidatura própria em 2010.

...ou não ser – Petistas se dividem entre os que defendem uma resolução direta e reta sobre o tema e os que querem dourar a pílula para não assustar os aliados.

Firme e forte – Enquanto o STF o transformava em réu por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu chegava anteontem ao Rio no vôo da TAM 3823, vindo de Brasília, avisando pelo celular: "Estou a caminho da Petrobrás".

Headhunting – Lula sondou o economista Luiz Gonzaga Belluzzo para comandar a TV pública que o governo planeja lançar no fim do ano. A conversa foi inconclusiva.

Palavras – O relatório de Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), pró-cassação de Renan Calheiros, classifica como "imprópria ao decoro" sua relação com o lobista Cláudio Gontijo. A peça, que tinha ontem 60 páginas, dirá que o peemedebista "não conseguiu provar" que arcou com os pagamentos à mãe de sua filha.

Jogral – Casagrande e Marisa dividirão a leitura do voto conjunto. Ele queria que a colega fizesse a leitura, mas ela fez questão de dividir o microfone para dar "peso" à peça.

Liturgia – Ao descrever a relação de Renan e Gontijo, Marisa e Casagrande dirão que há condutas toleradas no cidadão comum que são inadmissíveis para quem ocupa a presidência do Senado.

Pitadas – Os relatores não vão incluir no parecer o pedido de afastamento do secretário-geral-adjunto do Senado, Marco Santi. Mas vão "temperar" o texto com o relato de episódios em que Renan teria usado o cargo para interferir no processo contra ele.

Dominó – Depois das quedas de Denise Abreu e Jorge Velozo, Leur Lomanto deve deixar hoje a diretoria da Anac. Na semana que vem será a vez de Josef Barat. Mesmo pressionado, o presidente da agência, Milton Zuanazzi, continua a dizer que não sai do cargo.

Corda esticada – O governo insistirá no texto original que prorroga a CPMF, mas, se houver risco de derrota no Senado, fará mudanças ainda na Câmara para não perder tempo. A concessão em estudo na base aliada é incluir no projeto a queda escalonada da alíquota a partir de 2009.

Estamos aí 1 – Apesar do esforço concentrado, o Palácio do Planalto foi derrotado ontem na CCJ da Câmara, que prolongou o trâmite das medidas provisórias no Congresso. A novidade foi a união entre o chamado "bloquinho" – dos governistas PDT, PC do B e PSB – e a oposição.

Estamos aí 2 – A derrota na CCJ da Câmara, por 30 votos a 28, ocorreu mesmo com o apoio maciço do PMDB ao governo. Até o presidente nacional do partido, Michel Temer, presença rara na comissão, apareceu para votar.

TIROTEIO

* Do historiador Marco Antonio Villa sobre a pressa em aprovar o nome de Carlos Alberto Direito antes de seu aniversário de 65 anos, data-limite para o ingresso no Supremo Tribunal Federal.

– Nomear Direito antes de 8 de setembro é querer que o Senado funcione com hora determinada, como aqueles motéis de alta rotatividade.